Polícia Civil descarta execução planejada de comandante da PM

Matheus do Espírito Santo Severiano, de 22 anos é um dos suspeitos de participar da morte do comandante Luiz Gustavo Teixeira

A morte do coronel Luiz Gustavo Teixeira, comandante do 3°BPM (Méier), atingido por tiros dentro do carro na última quinta-feira, no bairro do Méier, zona norte do Rio, não foi uma ação de execução planejada. A declaração é dos delegados Breno Carnevalle e Neilson Nogueira, da Divisão de Homicídios (DH), que comandam a investigação do caso.
Segundo Carnevalle, o coronel foi identificado como policial por estar fardado. E, segundo o agente, qualquer outro agente de segurança na mesma situação teria sido vítima. “Não existe a possibilidade de ter havido uma execução pré-ordenada, preconcebida, contra o coronel Luiz Gustavo Teixeira. Diante dos fatos e informações que conseguimos reunir desde o início da investigação, quando a Delegacia de Homicídios foi acionada, foram reunidos fortes indícios, suficientes, de que o coronel foi vítima de uma empreitada criminosa que qualquer cidadão que estivesse naquele carro sofreria”.
Os delegados informaram que um dos suspeitos de ter efetuado disparos contra o carro em que estava o coronel foi identificado como Matheus do Espírito Santo Severiano, 22 anos. Ele é da localidade da Barreira, no Complexo do Lins, e esteve preso por tráfico e associação para o tráfico de dezembro de 2016 até junho de 2017. Já foi expedido mandado de prisão contra o suspeito, que se encontra foragido. A identificação foi feita pelo cabo da PM Nei Vilar, motorista do carro do coronel na ocasião, que trocou tiros com os criminosos.
“Os criminosos pararam no semáforo na esquina da Rua Lins de Vasconcelos com a Rua Hermengarda. Quando o semáforo abriu, desembarcaram quatro indivíduos para praticar roubos dos veículos e pessoas que estavam naquela localidade no momento. Atrás do veículo dos criminosos estava a viatura que o coronel se encontrava. Como o vidro não tinha insulfilme escuro, eles imediatamente identificaram que havia um policial dentro do veículo, já que o coronel estava fardado. Imediatamente começaram a efetuar disparos contra os policiais que estavam dentro da viatura. O coronel Teixeira foi ferido logo no início do confronto, atingido com um disparo na região do tórax, e o motorista, o cabo Nei, trocou tiros com os criminosos”, relatam os delegados.
Os criminosos fugiram, cada um tomando um rumo diferente. O cabo Nei mesmo ferido na perna atirou no Matheus, que fugiu com a ajuda de um quinto comparsa em uma motocicleta. A perícia no carro do coronel encontrou 32 marcas de tiros de pistola, somando os disparos feitos pelo cabo de dentro do veículo com os dos criminosos em direção aos policiais. O delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios, classificou a ação criminosa de covarde. “A investigação deu apenas um passo, mas nós não vamos parar enquanto nós não chegarmos efetivamente ao esclarecimento de toda a empreitada criminosa. A gente deixa uma sugestão para essas pessoas que praticaram essa investiga criminosa: ou eles se entregam ou nós vamos prendê-lo, estejam eles onde estiverem. Nós vamos prendê-los”.
Ontem (27), a Polícia Militar fez nova operação no Complexo do Lins, na zona norte do Rio, com o objetivo de localizar e prender os envolvidos na tentativa de roubo que provocou a morte do coronel Teixeira.

 

Agência Brasil

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