Dicas de Portugues – 15/07

Cinco erros de português mais cometidos por redatores

1. Uso do “seja”:
Tipo de termo que não deve ser utilizado sozinho ou ligado a outra conjunção, o “seja”, quando for utilizado para exemplificar alguma coisa, deve ser duplicado. Quer entender melhor? Veja o exemplo:
Correto: Seja em Paris, seja em São Paulo, o importante é ser feliz todos os dias.
Incorreto: Seja em Paris ou São Paulo, o importante é ser feliz todos os dias.

2. Uso do “onde” como pronome relativo:
O pronome onde quase sempre é empregado para expressar noção de lugar. Fora desse contexto, é preciso ter muito cuidado para não escorregar na gramática, principalmente na semântica. Quando não houver indicação de lugar, utilize pronomes relativos como “em que” ou “no qual”. Observe:
Correto: Esse novo comportamento dos jovens, no qual as relações pessoais estão sendo substituídas pelas relações virtuais, não é saudável.
Incorreto: Esse novo comportamento dos jovens, onde as relações pessoais estão sendo substituídas pelas relações virtuais, não é saudável.

3. “Mesmo” como pronome pessoal:
A palavra mesmo apresenta diferentes usos. Ela pode ser um pronome demonstrativo, substantivo ou adjetivo, mas jamais um pronome pessoal, ou seja, não deve substituir um sujeito na oração. Veja:
Correto: O eleitor foi preso por fazer boca de urna no local de votação. Ele foi encaminhado para a delegacia e liberado depois do pagamento de fiança.
Incorreto: O eleitor foi preso por fazer boca de urna no local de votação. O mesmo foi encaminhado para a delegacia e liberado depois do pagamento de fiança.

4. Uso dos pronomes “tu” e “você”:
Nos textos escritos, o ideal é que você opte por um dos dois pronomes: se começou o texto com o “tu”, o correto é que ele seja mantido até o final do texto. Se começou com o pronome “você”, preserve-o em sua redação. Muitas pessoas misturam os dois pronomes, o que não é desejável. Lembre-se de que, se escolher pelo pronome “tu”, faça as devidas conjugações verbais, certo?
Correto: (Você) Quer eliminar todas as suas dúvidas sobre língua portuguesa? Clique e confira cinco dicas que vão ajudá-lo a escrever melhor.
Incorreto: (Você) Quer eliminar todas as suas dúvidas sobre língua portuguesa? Clique e confira cinco dicas que vão te ajudar a escrever melhor.

5. Emprego do verbo “lembrar”:
O verbo “lembrar” apresenta algumas peculiaridades: ele pode ser transitivo direto, transitivo indireto e também ser os dois ao mesmo tempo! Isso significa que, para saber se o verbo exige ou não complemento, é preciso ficar atento ao contexto. Veja algumas situações de uso:
*Lembrar-se de: Com o sentido de “relembrar”, “vir à memória”, o verbo exige o emprego da preposição. Observe:
Lembrou-se de que havia muitas contas vencidas e voltou em casa para pegá-las.
**Lembrar: Quando for empregado com o sentido de “semelhança”, “similaridade”, o verbo “lembrar” não exige preposição. Veja o exemplo:
Sua beleza lembra Sophia Loren.
***Lembrar (informar): Quando for empregado com o sentido de “advertir”, “informar” alguém, o verbo “lembrar” exigirá um pronome oblíquo mais a preposição “de”:
O funcionário recebeu uma advertência lembrando-o da importância da pontualidade.
Qual a escrita correta?

Expectador x espectador
Existem algumas duplinhas de palavras que confundem porque têm o mesmo som, mas se escrevem de maneira diferente e têm diferentes significados.
É o caso de ESPECTADOR (com S) e EXPECTADOR (com X).
Uma delas dá nome à pessoa que presencia um evento ou que assiste a um espetáculo. A outra significa alguém que fica na expectativa, que fica na espera.
Depois dessa dica, ficou mais fácil? Pois é, EXPECTADOR com X é a pessoa que fica esperando alguma coisa acontecer, que fica, como o nome já diz, na “expectativa”.
Já o sujeito que vai ver um show, um jogo de futebol ou que fica vendo TV em casa mesmo, esse é o ESPECTADOR, com S.
Os espectadores de TV têm até um nome especial: TELESPECTADORES, também com S.
A forma “telexpectadores”, com X, não existe.

Desinteria ou disinteria?
Não precisa ficar com vergonha, muita gente já teve aquele probleminha estomacal que faz correr em busca do banheiro mais próximo….
E, também, todo mundo já teve dúvida sobre a maneira certa de dizer e escrever essa palavra.
Afinal, o certo é disenteria ou desinteria?
Muita gente escorrega na hora de falar, porque as duas maneiras são bem parecidas e pela forma como muita gente pronuncia o E com o som de I.
Não precisa sair correndo para pegar o dicionário: o certo é DISENTERIA (D-I-S-E)
A palavra vem do grego “enteros”, que significa “intestino”. Dessa palavra também deriva enterite, que é uma inflamação no intestino.
E o prefixo que designa “mau funcionamento” é DIS-, por isso: disfunção, disritmia, dispepsia…
Agora não passe mais vexame, o correto é DISENTERIA e lembre-se de que “dEsInteria” não existe.

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