Diversão e Lazer – 15/07

Stela Caputo lança livro no Café Literário de Nilópolis

 

O livro teve a primeira edição esgotada em apenas oito meses e foi finalista do Jabuti/2013, na categoria educação

O livro teve a primeira edição esgotada em apenas oito meses e foi finalista do Jabuti/2013, na categoria educação

O 2º Café Literário na Câmara Municipal de Nilópolis lançará amanhã (16) o livro “Educação nos terreiros – e como a escola se relaciona com crianças de candomblé”.Escrito pela jornalista e professora da Faculdade de Educação da UERJ, Stela Guedes Caputo, a publicação discute o aprendizado de crianças em candomblé e a discriminação nas escolas.Lançado em vários estados, inclusive na Bahia, a obra vem mobilizando educadores e militantes contra a discriminação religiosa. O evento, promovido Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, através de sua Superintendência de Promoção da Igualdade Racial, iniciará às 17h.

De acordo com a autora, que trabalhou na década de 90 no Jornal de Hoje, o livro foi publicado em 2012, após duas décadas de pesquisa guiada por dois caminhos. O primeiro foi perceber os terreiros de candomblé como redes de conhecimentos e significações, nas quais as crianças aprendem a língua, as danças, os mitos, a culinária sagrada, os toques de atabaques e as cantigas. Enquanto o segundo verificou como as escolas se relacionam com as crianças de candomblé. A constatação foi a existência de muito preconceito e discriminação contra crianças e jovens candomblecistas.

O estudo iniciou em outubro de 1992, quando Stela Caputo a serviço de um jornal carioca foi ao terreiro Ilé Omo Oya Legi, em Mesquita, para realizar uma matéria sobre terreiros na Baixada Fluminense. ” Ao chegar nesta casa, vi Ricardo Nery, um ogan de 4 anos. Percebi que as crianças se orgulhavam da religião, ocupavam cargos importantes na hierarquia do terreiro e aprendiam muitas coisas como o yorubá, os toques dos atabaques, as histórias dos Orixás. Mas percebi também que eram discriminadas, chamadas de filhos do diabo, principalmente nas escolas. Ao terminar a matéria resolvi continuar a pesquisa sempre preocupada com a questão da diferença nas escolas, sobretudo, com o racismo – afirma a escritora, que fez mestrado e doutorado na área de educação com o tema.

Stela Caputo destaca o aprendizado de crianças em candomblé e a discriminação nas escolas

Stela Caputo destaca o aprendizado de crianças em candomblé e a discriminação nas escolas

Para compreender como as crianças se relacionam com esta religião afro-descendente, Stela Caputo precisou ser paciente. Ela observou as meninas e os meninos de terreiros por 20 anos.”Entendo os terreiros como espaços onde circulam imensos saberes, conhecimentos, significações. Acompanhei um grupo de crianças do terreiro de Mãe Palmira e de outros terreiros como a casa de Mãe Beata e de Mãe Regina, do Ilé Axé Opo Afonjá, além de um terreiro de culto a Egún, do recentemente falecido Laelson Vitoriano dos Santos,todos na Baixada. Estive também na Casa Fanti Ashanti, no Cruzeiro do Anil, em São Luiz do Maranhão. Tanto lá como aqui, a realidade é a mesma: as crianças e os jovens de terreiros possuem amplo conhecimento no culto e desenvolvem grande estima por si mesmas e pela cultura do candomblé. Contudo, na escola, a maioria afirma que é católica, algumas chegam a dizer que estão com câncer na época do recolhimento (por conta da raspagem da cabeça) para não ser mais discriminada “, declara.

Segundo Stela Caputo como a maioria dos praticantes, nos terreiros pesquisados, é negra, esta situação é causada pelo racismo brasileiro. ” No Brasil existe o mito da democracia racial que precisa ser enfrentado se quisermos realmente vencer o racismo. Todas as crianças que entrevistei relataram situações de racismo. Mesmo crianças brancas de terreiros asseguram que são discriminadas porque existe racismo no Brasil. O triste é perceber nos relatos que o principal lugar onde o racismo acontece é na escola e esse é mais um desafio que educadores e educadoras enfrentam em seus cotidianos”, finaliza.

A Câmara Municipal de Nilópolis fica na Avenida Mirandela, 393, Centro de Nilópolis.

Por: Ana Paula Moresche

 
Parabéns Bia Bessa

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É com muita alegria e realizações que a enfermeira Beatriz Bessa comemora hoje 40 anos.Sempre de bem com a vida e visão positiva, a profissional da área da saúde de Nova Iguaçu irá festejar a data especial ao lado da família e dos amigos. Sucesso e muitas felicidades.

Carlos Malta e Pife Muderno no Sesc

O Show comemora 20 anos de carreira

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O Teatro do Sesc de Nova Iguaçu receberá Carlos Malta e Pife Muderno na sexta-feira (17). Eles comemoram 20 anos de seu elogiado encontro entre a tradição e o contemporâneo com o show China ao Vivo. No repertório, “Tupyzinho”, “Durval é o Bicho” e “Tudo azul” (as três de Carlos Malta) e as versões de “Pipoca Moderna” (de Sebastião Biano, gravada por Gil em ‘Expresso 2222’), “Ponteio” (Edu Lobo), “Açum Preto” e “Asa Branca” (as duas de Luiz Gonzaga), “O Canto da Ema” e “Chiclete com Banana” (ambas de Jackson do Pandeiro). A apresentação está marcada para às 20h. O Teatro do Sesc fica na Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá. Mais informações pelo (21) 2797-3001

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