Manifestantes fazem ato na Alerj para pedir prisão preventiva de deputados

Manifestantes fazem protesto na porta da Alerj
Foto: Divulgação

Manifestantes fazem um ato na porta da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na tarde desta sexta-feira (17), enquanto deputados discutem e votam sobre a manutenção da prisão preventiva do presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), e dos outros dois parlamentares do mesmo partido, Edson Albertassi e Paulo Melo. Eles estenderam duas faixas em frente ao prédio. Em uma delas, há a frase: ‘Partidos políticos são facções criminosas’.

Por volta das 13h, os deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj começaram a discutir o assunto. A reunião inclui sete deputados: Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB), Rafael Picciani (PMDB), Milton Rangel (DEM), Carlos Minc (sem partido), Gustavo Tutuca (PMDB), Rosenverg Reis (PMDB) e o presidente da comissão, Chiquinho da Mangueira (Podemos). No entanto, outros parlamentares que não fazem parte da comissão também assistiram à sessão. A votação em plenário está prevista para começar às 15h.

Por causa do protesto, a Rua Primeiro de Março, na altura da Alerj, precisou ser interditada. De acordo com o Centro de Operações, o trânsito está sendo desviado para a Rua Almirante Barroso. Até o momento, não há registros de confrontos no local. Agentes da CET-Rio estão nos pontos de bloqueio e orientam os motoristas. Guarda Municipal e Polícia Militar também atuam na região.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou, nesta sexta-feira, Picciani, Albertassi e Paulo Melo não estão dividindo a mesma cela na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.

Segundo o órgão, o cardápio do almoço dos parlamentares inclui arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha, legumes, salada, sobremesa e refresco. Já o desjejum é composto por pão com manteiga e café com leite. O lanche inclui guaraná e pão com manteiga ou bolo.

Investigados na operação Cadeia Velha, que apura favorecimento a empresas de ônibus por parlamentares fluminenses, os três foram para a mesma unidade prisional onde estão outros presos da Lava-Jato, entre eles Sérgio Cabral, que completa um ano de cadeia hoje. Segundo as investigações da Polícia Federal, os três teriam recebido, em sete anos, R$ 135 milhões em propinas de empresários do setor, sendo parte paga a pedido de Cabral.

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