Mesquita promove conversa LGBT sobre direitos humanos com Jesse Hawkes

“O direito de escolha de religião de alguém, por exemplo, não pode interferir no direito do outro ter acesso à educação e saúde”, alertou o ativista
Maicon Ferraz/PMM

Ativista de direitos humanos LGBT estadunidense, Jesse Hawkes, comandou a 4ª Roda de Conversa LGBT promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Mesquita. Aberto ao público, o evento teve como tema “Direitos LGBTs: Direitos Especiais ou Direitos Humanos?” e promoveu uma reflexão a respeito da importância do respeito aos 30 artigos da Declaração Universal de Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela ONU.
“Quando falamos sobre direitos humanos, as pessoas concordam que eles são direitos básicos e essenciais. Mas precisamos que eles se tornem reais. Um direito não pode violar outro. O direito de escolha de religião de alguém, por exemplo, não pode interferir no direito do outro ter acesso à educação e saúde”, alertou Jesse, que mora em Manhattan, na cidade de Nova Iorque.
Durante o bate-papo, ocorrido no auditório Zelito Viana, na sede da Prefeitura de Mesquita, Jesse comentou algumas experiências que já viveu enquanto dirigiu programas de aprendizagem de direitos humanos em Ruanda, África do Sul, Haiti e Bósnia, além de outras regiões.
“Um ponto importante é percebermos que nossas discussões em Mesquita, na Baixada Fluminense e até no Brasil não são distantes das que eles promovem lá fora. E é esse o caminho mesmo. Não há arma melhor para vencer o preconceito do que a informação e a união”, avaliou Cristina Quaresma, secretária municipal de Assistência Social de Mesquita.
Jesse também surpreendeu parte do público presente ao mostrar situações controversas que acontecem nos Estados Unidos quando o assunto é o preconceito.
“Jesse estava falando sobre um casal de lésbicas que encomendou um bolo de casamento a uma confeitaria, mas o pedido foi negado só por se tratar de um matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. É muito triste que isso ainda aconteça, em pleno século XXI e já no decorrer do terceiro milênio”, lamentou Paulinha Única, a coordenadora de Diversidade Sexual de Mesquita.

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