Inclusão social através da língua de sinais

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Amanda Carla Silva com o filho José Carlos Barros, ambos surdos, mas com realidades diferentes na educação
Alziro Xavier/PMNI

Aos 47 anos, Amanda Carla Silva sabe o que é enfrentar exclusão na escola por ser surda. Por não ter tido acesso a uma educação bilíngue (Português/Libras), enfrentou dificuldades no aprendizado quando criança. Mãe do pequeno José Carlos Barros, de 11 anos, também surdo, ela sabe que a realidade do filho não é mesma. Ele é um dos 48 alunos surdos que integram o projeto “Libras para Todos”, desenvolvido pela Escola Municipal Monteiro Lobato, no Centro. A unidade é referência nesta educação bilíngue e uma das oito escolas da rede municipal de Nova Iguaçu que oferece aulas com tradução simultânea em libras (língua brasileira de sinais) com professores intérpretes alfabetizando cerca de 80 alunos surdos.
A escola conta com duas turmas multiseriadas, formadas só por crianças surdas, do 1° ao 5° anos.  Este ano um passo importante foi dado na escola para garantir a ampliação da inclusão dos alunos surdos a partir do 6° ano. Segundo a diretora, Maria Fátima Barros, desde março, estudantes do 4° e 5° anos da escola recebem ensino de libras para que, ao ingressarem para o 6° ano, possam também interagir com os colegas surdos. Oito professores intérpretes atuam no Monteiro Lobato com turmas do Infantil ao 9° ano e também nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em todo município são 12 profissionais com formação em libras.
“Antes, quando os alunos surdos passavam para o 6° ano, acabavam ficando sem interagir muito com os outros colegas e se comunicavam somente entre si. A socialização é um importante mecanismo para inclusão. A alfabetização em libras é um processo em longo prazo e de amadurecimento que leva a vida toda, por isso, é essencial que haja essa interação”, afirma a diretora.
A escola disponibiliza ainda encontros semanais com os pais de alunos surdos para que também possam aprender a linguagem dos sinais. Juan Arruda, de 11 anos, aluno do 5° ano, hoje consegue conversar com o irmão de 16 anos, que é surdo.
“Meu irmão é surdo e eu não conseguia me comunicar muito bem com ele, quando eu soube que ia ter aulas com intérprete de libras fiquei muito animado, está sendo muito legal e estou aprendendo muito. Antes eu não interagia com meu irmão, agora consigo”, garante Juan.

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