Para o coordenador da operação “lideranças políticas corruptas são incapazes de fazer reformas anticorrupção”
EBC e Jefferson Rudy/Agência Senado

Cercado por inquéritos e denúncias relativas aos esquemas do petrolão, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) usou as redes sociais para acusar a força-tarefa da Operação Lava Jato de fazer “investigações políticas e delações encomendadas”. E foi desmentido, na terça-feira (28) pelo procurador da República Deltan Dallagnol, que coordena as investigações do grupo, no Paraná.
Dallagnol reagiu dizendo que lideranças políticas corruptas continuam a ameaçar a Lava Jato. Isso depois de Renan ter criticado, no Twitter, o suposto viés político da declaração de Dallagnol de que o ano de 2018 será o ano da “batalha final” da Lava Jato.

Deltan responde a Renan Calheiros no Twitter

“Está errado, senador. A declaração de que 2018 é a batalha final da Lava Jato confirma que lideranças políticas corruptas são incapazes de fazer reformas anticorrupção, que precisam perder foro para ser responsabilizados e que continuam a ameaçar a Lava Jato”, rebateu o coordenador da Lava Jato.
A crítica de Renan tem relação com as declarações dadas por Dallagnol, na segunda-feira (27), após uma reunião do núcleo duro da Lava Jato no Rio. O procurador defende que “a maior ameaça ao combate à corrupção vem do Congresso”.
E apela ao eleitor para que garanta a aprovação de leis mais rígidas anticorrupção, através de uma renovação no Legislativo, com o expurgo nas urnas de todos os políticos envolvidos nas investigações da Lava Jato. (Fonte: Diário do Poder)