Juiz Marcelo Bretas publica foto no Twitter segurando um fuzil

Magistrado ainda agradeceu às polícias Civil e Militar pelo treinamento e pela escolta pessoal
Reprodução / Twitter

O juiz da 7ª Vara Criminal do Rio, Marcelo Bretas, publicou ontem (1º) uma foto no Twitter segurando um fuzil. O responsável pelas investigações da Lava Jato no Rio de Janeiro e pela prisão do ex-governador Sérgio Cabral também publicou um texto no qual agradece à Polícia Civil e à Polícia Militar pelo treinamento e escolta pessoal. “Agradeço à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro pelo treinamento, bem como à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro pela escolta pessoal, e ainda ao amigo Desembargador Paulo Rangel do TJRJ pelo apoio. Estamos juntos!”
Bretas chegou a receber ameaças de morte, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal. Além de Cabral, ele também foi responsável pelas prisões dos ex-secretários Sérgio Cortes e Régis Fichtner, e dos empresários Eike Batista, Fernando Cavendish, da Delta, e Jacob Barata, no setor de ônibus.
>> Dossiê – No início do mês passado, veio à tona também a informação de que uma investigação sigilosa da Polícia Federal apontava que Sérgio Cabral, mesmo dentro do presídio, estaria financiando a montagem de dossiês contra Bretas. A informação teria partido de dentro do presídio onde Sérgio Cabral está preso, em Benfica, na Zona Norte do Rio. A investigação aponta ainda que o ex-governador teria um fundo milionário para financiar uma devassa na vida dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Rio.
De acordo com a apuração da polícia, o grupo comandado por Cabral teria acessado registros de ocorrência em três delegacias: 22ª DP, 35ª DP e 105ª DP. Todos os acessos foram feitos depois que Cabral já tinha sido preso, em novembro do ano passado.
A polícia já identificou em nome de quais funcionários os acessos foram feitos. Segundo a investigação, seis dias depois de o ex-governador receber a sentença na Operação Calicute houve oito acessos para pesquisar registros de ocorrência sobre Bretas e a mulher dele, que também é juíza.
A Polícia Federal ainda apura de onde vem o dinheiro para financiar a montagem de dossiês, quem está envolvido e qual é o objetivo do ex-governador. A equipe da Lava Jato no Rio está com a segurança reforçada desde que as investigações começaram.
A defesa de Sérgio Cabral divulgou nota negando o dossiê. “É uma mentira, antes de uma maldade sádica, com claro propósito de criar intriga entre o ex-governador e o magistrado, certamente como forma de incitá-lo a determinar nova transferência para um presídio federal”, diz a nota.
>> Discussão – Cabral também protagonizou uma discussão com Bretas, durante depoimento, que acabou culminando com o pedido de transferência do ex-governador para um presídio federal. A transferência acabou suspensa por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
>> Cinema VIP – O Ministério Público também descobriu que seria instalado um “cinema” VIP no presídio onde o ex-governador está. Inicialmente as informações eram de que os equipamentos teriam sido doados por uma igreja, mas a própria igreja negou e afirmou que Cabral havia pedido aos pastores que assinassem um termo de doação falso. A instalação do cinema acabou cancelada. (Fonte: JB On Line).

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