Chuvas continuam atrapalhando a vida de pedestres

A subida da rampa da Estação Nova Iguaçu fica completamente alagada em dias de chuva
Davi de Castro/Jornal de Hoje

As chuvas que têm caído sobre o estado do Rio de Janeiro nas últimas semanas continuam castigando a Baixada Fluminense. As cidades da região estão alagadas em muitos trechos e as prefeituras estão trabalhando em mutirão para retirar lixo e outros entulhos.
Na Baixada, um dos municípios mais afetados em Nova Iguaçu, onde o centro da cidade fica alagado e muitas ruas se transformam em longas correntezas. Os entulhos estão espalhados por toda parte e em algumas áreas, o asfalto rompeu, enquanto a areia e a lama cobriram longo trecho da estrada.
A falta de obras de contenção, dragagem de rios, valões e canais na cidade deixam o quadro muito pior. A lama e o entulho entopem os ralos, já assoreados, a rua fica alagada, o asfalto de rompe e o caos se instala no centro. Isso pode ser visto na Rua Bernardino de Melo, altura do número 1.815, ao lado da estação ferroviária. Aliás, a subida da rampa também fica completamente alagada, atrapalhando o acesso de pedestres para outro lado da cidade e para os trens da Supervia. “Toda chuva acontece a mesma coisa, sempre nos mesmos lugares, a prefeitura não toma providências estruturais”, observa a dona de casa Idalina Francisco de Souza, 60 anos, em frente ao Colégio Iguaçu.
O caos anunciado no centro
Para o comerciante Adalberto Silva, 44 anos, os impostos que a população paga ao governo são mal aproveitados. “A prefeitura não desobstrui os ralos. Quando chove, alaga tudo por falta de escoamento. O asfalto fica destruído e o caos se instala. A chuva passa, eles limpam os entulhos e colocam asfalto novo e mais nada. Com os ralos mais entupidos, na próxima chuva o estrago é maior. É o caos anunciado. E o povo paga mais uma para fazer a mesma coisa de novo”, assegura o comerciante.
A mesma situação acontece do outro lado de Nova Iguaçu, nas ruas Coronel Francisco Soares, Otávio Tarquínio, Nilo Peçanha e Dom Walmor, as quais se tornam longas correntezas em poucos minutos de chuva. “Não há uma política de estudos e planejamentos para evitar ou amenizar essa situação”, critica o arquiteto Hildomar Santos Farias, 37 anos. Para ele, o quadro da cidade deve pior muito mais se cair temporal neste final de semana.

por Davi de Castro (davi.castro@jornalhoje.inf.br)

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