Campanha contra a Aids em Japeri tem 500 testes de HIV em um dia

Josimar de Souza acompanha o teste rápido do paciente Antônio Ferreira da Silva
Anderson PQD/PMJ

Cerca de 500 testes rápidos de HIV realizados e 30 mil preservativos e lubrificantes, além de folhetos informativos, distribuídos. Este foi o balanço da ação promovida pela Prefeitura de Japeri, durante a Campanha do Dia Mundial da Luta Contra a Aids, realizada no sábado (2) nas praças Olavo Bilac, em Engenheiro Pedreira, e Leni Ferreira, no Centro do município.
Segundo o diretor do Programa DST/Aids Japeri, Josimar de Souza, o diferencial desta campanha foi teste rápido de HIV, onde o diagnóstico de cada paciente foi divulgado em menos de dez minutos. “Também foram feitos testes de sífilis. Neste evento trabalhamos para detectar vírus precoce, pois hoje se observa aumento de 37% de casos novos em todo o Brasil. Também é importante para evitar a gravidez precoce”, explicou.
Ainda segundo Josimar, houve orientação no uso de preservativo masculino e orientação de sexo seguro. “O interessante é que houve procura de ambos os sexos”, lembrou.
A campanha surpreendeu o secretário municipal de Saúde de Japeri, Charles Gonçalves. “Percebi que vieram muitos homens e idosos para fazer o teste. É o fim de um tabu e as pessoas estão perdendo o preconceito e o medo, pensando apenas na prevenção e na própria saúde. Infelizmente, hoje há pessoas contaminadas que nem sabem que são portadoras do vírus, pois a doença demora a se manifestar”, comentou o secretário, enfatizando que ainda houve um mutirão no Presídio Milton Dias.
“Há dois mil presos neste presídio e em poucos minutos de mutirão já tínhamos detectado 12 pessoas contaminadas com o HIV”, frisou.
Na Praça Olavo Bilac, em Engenheiro Pedreira, a procura pelo exame foi maior. Aos 61 anos, o armador e morador do bairro Mucajá II, Antônio Ferreira da Silva, tomou coragem e fez o teste pela primeira vez em sua vida.
“Tinha este medo, mas dou valor a minha saúde. Já que o resultado do teste era rápido, resolvi tomar coragem. Felizmente não tenho o vírus, apenas um indício de sífilis, mas dá tempo de me curar”, comentou.
Na Praça Leni Ferreira, a procura também foi satisfatória. Pessoas de ambos os sexos, inclusive jovens, passaram pelo teste, a exemplo da doméstica e moradora do bairro Ponte Preta, Geuza Batista dos Santos, de 40 anos.
“É bom ter certeza de que não temos nenhuma doença e fico mais tranquila com meu parceiro sexual. Também resolvi fazer esse teste porque tenho um parente infectado com esta doença. Isso também me assustou”, contou.

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