Incidente na Via Dutra impediu chegada de ator Global a Mesquita

O ator Milton Gonçalves iria participar do lançamento do Plano Municipal de Educação em Direitos Humanos, em Mesquita

O vazamento na tubulação da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG), na Rodovia Presidente Dutra, anteontem, na altura de Comendador Soares, em Nova Iguaçu, além de provocar um engarrafamento de 16 km, na pista sentido São Paulo, desorganizou a agenda de muita gente, atrapalhou muitos negócios e fez muitos empregados e patrões chegarem atrasados ou faltarem ao trabalho.
O ator Rede Globo de Televisão, Milton Gonçalves, por exemplo, não conseguir chegar a Mesquita, onde participaria do lançamento do Plano Municipal de Educação em Direitos Humanos, marcado para as 18h da última quarta-feira (6) no centro Cultural Mister Watkins. Da mesma forma aconteceu com o prefeito da cidade, Jorge Miranda. O vice-prefeito Waltinho Paixão, que estava no local, pediu desculpas aos convidados no auditório.
Ao lado da secretária de Assistência Social de Mesquita, Cristina Quaresma, Waltinho explicou aos presentes que o ator Milton Gonçalves ficou travado no trânsito, na altura de Irajá. Cristina, responsável pelo lançamento do Plano, também seguiu o mesmo caminho e adiantou que será feito contato com o ator, para novo agendamento. O trabalho que seria apresentado, segundo eles, é de grande importância para todos os setores, não apenas para a educação, porque “onde tem gente, tem vida. E se tem vida, tem direitos e estes precisam ser compreendidos e respeitados por todos”, disse Waltinho. O público que lotou o auditório, pelo menos, mostrou compreender a situação e aproveitou o coquetel.

Engarrafamento prejudica negócios

O vazamento de gás causou um congestionamento de 16 km na Dutra, interditada por cinco horas
Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Não apenas os moradores próximos do acidente ficaram em pânico, quando o bico da máquina retroescavadeira, que fazia obras da CCR Dutra, tocou na tubulação, provocando o vazamento de gás. Motoristas que seguiam na pista sentido São Paulo ficaram presos no trânsito, muitos sem saber o que estava acontecendo. Foi assim durante as cinco horas em que a via ficou interditada pela Policia Rodoviária Federal (PRF).
Rodrigo Pereira de Souza, empresário de Nova Iguaçu, que tem negócios na capital paulista, esbravejou. “Minha vontade é matar esse governo, esse pessoal que cuida da Dutra, esses motoristas que não sabem conduzir veículo na estrada, esses apressadinhos sem cautela no trânsito”, reclama, de tanto ódio. Mais calmo, ao tomar conhecimento do ocorrido, cancelou seu encontro de negócios e voltou para casa.
Já o servidor público, PLS (não quis ser identificado), 30 anos, disse que estava indo para prefeitura e não pôde prosseguir. “Fiquei sem saber o que fazer”, disse. Ele mora em Mesquita e tinha reunião de trabalho com empresários influentes da região onde trabalha. Pedro Otávio Francisco, 24 anos, também de Mesquita, que trabalha em Japeri, ficou trancado no engarrafamento na altura de Rocha Sobrinho. “Fazer o que?”, reage. No centro do Rio, onde o trânsito já é congestionado, a situação ficou dramática, mas a advogada Michele Costa, 40, não sabia o que estava acontecendo. “Desci do ônibus e peguei um Uber, que tentou cortar caminho, mas ficou parado no engarrafamento na altura do Méier”, conta. “Cheguei a casa, em Nova Iguaçu, às 22h, indignada”, revela.

por Davi de Castro – davi.castro@jornalhoje.inf.br

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