A dona de casa Maria José e a filha Maria Luana não encontram tratamento de RPG em Nova Iguaçu
Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

“Já fui a vários lugares e só recebi não como resposta. Estou desesperada, minha filha pode ficar aleijada”. O relato é da dona de casa Maria José de Lima Nunes Oliveira, 35 anos, mãe da pequena Maria Luana de Lima Nunes, 10. Moradoras do bairro Austin, em Nova Iguaçu, elas vivem um drama particular: não conseguem encontrar tratamento de RPG para corrigir a postura da menina, que tem acentuado desvio na coluna vertebral.
Maria José já buscou atendimento na Clínica da Família de Austin e em várias unidades de saúde da cidade, inclusive no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse. Mas a resposta recebida em todos os lugares foi a mesma: o município não oferece tratamento de RPG.
“Em todo lugar que procuro atendimento pelo SUS dizem que só tem no particular. As unidades só oferecem fisioterapia comum, mas o ortopedista diz que não serve para a minha filha, tem que ser RPG. Ele passou 30 sessões, mas o custo é de R$ 1.500,00. Não tenho como pagar”, relata a mãe de Maria Luana, que está desempregada e mora de aluguel.
Em uma de suas tentativas desesperados por tratamento para a filha, Maria José foi até a Secretaria Municipal de Saúde para tentar falar diretamente com o secretário Hildoberto Carneiro de Oliveira, mas foi recebida por uma secretária dele. Assim como nas unidades de saúde por onde passou, na secretaria a resposta foi a mesma: não há tratamento de RPG pelo SUS na cidade.
“Minha filha sofre todos os dias com muita dor nas pernas, nas costas e na cabeça. Eu fico desesperada, pois não tenho mais para onde correr, não tenho como pagar sessões particulares”, lamenta.
Em nota, a Prefeitura de Nova Iguaçu esclareceu que “o procedimento de RPG não está incluído na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e por este motivo, ele não é ofertado na rede municipal de Saúde”.
Colaborou: Ivan Teixeira – ivan.teixeira@jornalhoje.inf.br

Raphael Bittencourt – raphael.bittencourt@jornalhoje.inf.br