Vanderson foi encontrado na casa da cunhada com a arma do crime e mais 28 munições do mesmo calibre.

Morreu na noite de quarta-feira, dia 13, o policial militar reformado Manuel Leal da Cunha, de 53 anos. O caso ocorreu em Varge Alegre e seis horas depois a polícia conseguiu prender o suspeito do crime, que confessou o assassinato alegando motivos passionais. O policial já serviu no 28° Batalhão da Polícia Militar de Volta Redonda e com sua morte sobe para 127 o número de policiais mortos no estado do Rio de Janeiro.

Segundo registro de ocorrência da 94ª Delegacia de Piraí, onde o caso foi registrado e seguiu para investigação do delegado Michel Floroschk, Vanderson Santos de Almeida, de 20 anos, confirmou a autoria e disse que Leal estava asseando sua esposa, Adriana Felix da Silva.

Vanderson, que foi detido na casa da cunhada, no bairro Morro do Sossego II, junto com um 38, trabalhava de caseiro no sítio do policial, onde também morava com a esposa. No dia do crime ele estaria em um pasto capinando e quando desceu viu Leal saindo de sua residência. Ele narrou que pressionou Adriana,  querendo saber o motivo do patrão estar saindo da casa dos dois. Ela então revelou ao marido que o PM estava insistindo para ter relações sexuais com ela, inclusive oferecendo dinheiro e bebidas em troca, porém, o ato não chegou a ser consumado. Ela contou que não havia dito antes com medo da reação do marido.

Vanderson contou que diante da ousadia do chefe e tendo conhecimento que o mesmo guardava a sua arma, um revólver calibre 38, dentro de seu Fusca, foi até o carro e a pegou, acertando cinco tiros em Manuel. Dois tiros acertaram as costas, dois a cabeça e um no peito. Leal estava no curral da propriedade e morreu na hora.

Ainda segundo o suspeito, em relato na delegacia, ele tentou sumir com o corpo, mas o Fusca caiu em um buraco. Ele disse que então ateou fogo no automóvel com o corpo do PM dentro e que depois fugiu com a esposa de ônibus. Ele finalizou dizendo que se arrepende do que fez.