Low Rider exalta tradições da Harley-Davidson

Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

Desde que o mercado brasileiro começou a despertar o interesse das marcas de motocicletas de luxo, no início dessa década, a Harley-Davidson vem mantendo uma boa liderança. Um dos principais motivos para esse desempenho é a extensão do line-up da marca: atualmente são nada menos que 22 modelos de alta cilindrada à venda no país. Tamanha variedade ajuda a preservar a exclusividade dos modelos e permite atender nichos de mercado bastante específicos, mesmo que sejam pequenos. É esse o caso da Low Rider. Desde que foi lançada no Brasil, em outubro passado, tem emplacado, em média, 13 unidades por mês. Não é muito, mas ajuda no somatório das vendas.
A Low Rider, como o nome indica, tem um assento mais baixo – apenas 68 cm de altura -, o que a torna acessível para motociclistas de menor porte físico, inclusive o público feminino. A atual versão é uma recriação inspirada no modelo lançado em 1977, que trazia garfos dianteiros longos, um em estilo próximo das motos usadas no filme “Easy Rider – Sem Destino”. Isso certamente ajudou a fazer dela o maior sucesso da marca na época. Agora, mesmo que não venda tanto, a Low Rider tem uma importância estratégica. Ela é da linha Dyna, a segunda na hierarquia da Harley, logo após a Sporster, e a primeira com motorização mais encorpada, de 96 polegadas cúbicas – 1.600 cc. Não à toa, pesa em torno de 300 kg, distribuídos em seus 2,40 metros de comprimento.
A Low Rider é um modelo que sai da concessionária pedindo para receber acessórios – a customização é um dos pontos fortes da política da marca – pois não tem para-brisas, alforjes ou bolsas laterais e nem encosto, itens desejáveis para quem vai encarar estradas. Por isso, o preço de tabela, de R$ 47.800, é apenas inicial. Para garantir uma boa convivência, é imprescindível reservar uma verba extra para equipar e personalizar a Low Rider.
O design é o mais clássico possível e, por isso mesmo, é um dos pontos altos do modelo. A frente magra traz um farol pequeno encaixado entre os grossos telescópicos. O guidão largo fica destacado da mesa e pode ser regulado em duas alturas. De perfil, o tanque em gota, o motor em V, o assento de duas alturas, a descarga dois-em-um e a suspensão com dois amortecedores na traseira não permitem adivinhar que se trata de uma motocicleta moderna. A não ser por um único detalhe: a transmissão feita por correia, sistema razoavelmente recente.
Outro indício de modernidade é a presença de conta-giros, logo abaixo do velocímetro, no centro do tanque de combustível. O motor refrigerado a ar, gerenciado por um câmbio de seis marchas, é capaz de gerar 12 kgfm de torque a 3.500 giros. A Harley não informa a potência de seus modelos, alegando que não é importante, pois a sensação de poder em acelerações e retomadas são fornecidas pelo torque. Mas calcula-se que a Low Rider disponha de aproximadamente 80 cv.
por Eduardo Rocha
Auto Press

error: Conteúdo protegido !!