Luxo e diversão na Mercedes GLA 250 Sport

Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

A Mercedes-Benz caminha na contramão do mercado nacional de automóveis. A queda geral é de 19,8%, enquanto a marca alemã encerrou o primeiro semestre de 2015 com recorde de vendas e crescimento de 50,7%. Parte dessa conquista é creditada ao bom desempenho do GLA, que emplacou 1.880 unidades no período e ganhou versões intermediárias em abril, as 250. Com visual esportivo e disposto a conquistar mais consumidores na faixa dos 40 anos, o crossover ainda conseguiu uma configuração com “look” similar ao dos produzidos pela divisão raivosa da marca, a AMG. Trata-se do GLA 250 Sport. Já no ano que vem entrará em produção nacional, junto com o Classe C, na fábrica que a marca inaugurará em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
Sob o capô, está o conhecido propulsor 2.0 litros turbo de 211 cv a 5.500 rpm e 35,7 kgfm de torque entre 1.200 e 4 mil giros, usado em diversos modelos da Mercedes no Brasil. O trem de força é sempre completado com a uma transmissão automatizada de sete marchas e duas embreagens. O conjunto é capaz de levar o GLA 250 de zero a 100 km/h em 7,2 segundos e atingir 235 km/h de velocidade máxima – limitada eletronicamente. A tração é dianteira.
A intenção é competir com a versão de topo do Audi Q3, o Land Rover Evoque e o BMW X1. Para isso, o GLA 250 Sport tem uma lista extensa de itens de série. Em termos de segurança e tecnologia, há assistente de partida em subidas, controles automáticos de estabilidade e tração, seis airbags, bancos dianteiros elétricos e com memória, sistema que monitora o comportamento do motorista, chave presencial, faróis bixenônio com limpadores e luzes diurnas de leds, alerta em sinais de desatenção e função hold, que dispensa o pé fixo no pedal do freio em paradas rápidas. O sistema start/stop auxilia na economia de combustível e o entretenimento a bordo fica por conta da central multimídia com rádio, GPS, Bluetooth, entrada USB, conexão com internet – através de um smartphone com rede de dados – e memória de 10 GB. As manobras são facilitadas pela câmara de ré, mas quem quiser ainda pode optar pelo uso do park assist, que estaciona o veículo praticamente sem a interferência do motorista.

Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

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A estética da versão Sport tem um charme extra em relação às mais baratas do GLA: recebe um toque da AMG. O crossover ganha o kit visual da divisão esportiva da marca, que leva para-choque dianteiro com entradas de ar mais largas, rodas exclusivas de 19 polegadas e pequenas aberturas do para-choque traseiro para a passagem de ar. Por dentro, o acabamento também se difere, com revestimento dos bancos em Alcantara e detalhes cromados, aliados às costuras avermelhadas dos bancos, volante e painéis das portas. O preço do GLA Sport é de 189.900, R$ 17 mil a mais que a 250 Vision, com o mesmo trem de força.
O preço é alto, mas se encaixa bem na proposta de configuração intermediária do SUV alemão. A configuração de entrada, a GLA 200 Style, parte de R$ 128.900. Já a mais cara, a GLA 45 AMG 4M – com a assinatura da divisão esportiva e 360 cv de potência – é vendida a 298.900. Na concorrência, quem mais se aproxima de seus valores é o Audi Q3, que começa em R$ 127.190 e pode chegar até R$ 285.190 na configuração RS. A BMW oferece menos potência e torque em sua versão de topo e seus preços no X1 variam entre R$ 137.950 e R$ 158.950. Mas o mais vendido entre os crossovers premium é justamente o modelo que não conta com motorizações menores. O Land Rover Range Rover Evoque só sai das concessionárias a partir de R$ 197.500, com motor de 2.0 turbo de 240 cv. De qualquer forma, a julgar pelas análises dos especialistas no setor automotivo, o mercado de luxo ainda tem muito a crescer no Brasil. E a Mercedes trabalha em uma faixa de preços que pode atrair consumidores com prioridades e poder aquisitivo diferentes.

por Márcio Maio
Auto Press

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