MPF denuncia Cabral de novo; agora são 19 na conta

Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do governo Cabral, foi preso em novembro pela Polícia Federal
Agência Brasil

O Ministério Público Federal enviou na terça (19) ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, mais duas denúncias decorrentes da força-tarefa da Lava Jato no Rio. Nas duas, foram denunciados o ex-governador Sérgio Cabral e Luiz Carlos Bezerra, ex-assessor de Cabral. Em uma, também aparece o ex-chefe da Casa Civil do Rio, Régis Fichtner. Na outra, são denunciados ainda o empresário George Sadala e Wilson Carlos, ex-secretário de Governo.
De acordo com procuradores, Fichtner obteve pelo menos 20 vezes vantagem indevida quando era chefe da Casa Civil. Entre janeiro de 2007 e abril de 2014, ele teria recebido R$ 1,5 bilhão em propinas.
Cabral foi denunciado por ter “anuído com a solicitação, aceitação de promessa e recebimento de vantagem indevida” de Ficther. Já Bezerra teria intermediado tais pagamentos.

Na foto da “Farra dos Guardanapos”, Sérgio Côrtes, Georges Sadala, Fernando Cavendish, Wilson Carlos
Reprodução da Internet

O MPF pediu à Justiça Federal a devolução de, no mínimo, R$ 1,56 bilhão como reparação de danos materiais, além de R$ 3,12 bilhões por danos morais.
As denúncias foram feitas com base na Operação C’est Fini, que prendeu Fichter e Sadala. O nome da operação (em francês, “está acabado”) seria uma alusão ao fim da Farra dos Guardanapos, como foi batizado o famoso jantar em Paris que teve a participação de ex-secretários do Rio, empresários e de Sérgio Cabral, registrados em fotos com guardanapos na cabeça. (Fonte: JB On Line)

Ex-secretário da Casa Civil do
Rio vai responder por peculato

O ex-secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro e deputado estadual Christino Áureo da Silva (PSD) e sua ex-mulher Claudia Cataldi foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por irregularidades quando ocupava o cargo de secretário estadual de Agricultura, nos governos de Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral.
A ação foi proposta pela Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, em razão do foro privilegiado do secretário. De acordo com a denúncia, Áureo teria nomeado funcionários para cargos em comissão na secretaria, mas exerciam atividades domésticas para ele ou na organização não governamental (ONG) Responsa Habilidade, presidida por Claudia.

Christino Áureo e sua ex-mulher Claudia Cataldi foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ)
Alerj

Entre os nomeados está Neusa Silva de Oliveira, que trabalhava como empregada doméstica para o casal, e Hélio Ricardo, motorista particular dos dois. Outra funcionária nomeada para a secretaria, Rita de Luzié, trabalhava exclusivamente na ONG e, segundo a ação, recebia R$ 3 mil pelo cargo, mas ficava com R$ 1.200. O restante era repassado para Carla da Silva Santos, pessoa de confiança de Cláudia e que também foi denunciada.
Claudia e Carla foram acusadas pelos crimes de concussão (vantagem indevida) e Áureo por peculato (desvio de dinheiro público). Segundo os cálculos do MPRJ, o prejuízo para os cofres públicos foi de R$ 192 mil.
Em nota enviada pelo advogado Sérgio Riera, o ex-secretário afirmou que é inocente e vai esclarecer tudo na Justiça. Ele esclarece que “recebeu com tranquilidade a decisão do Órgão Especial no último dia de 11 de dezembro – de todo corriqueira na fase inicial do processo e comum em hipóteses semelhantes – a qual será devida e oportunamente combatida”.
Ainda na nota, Christino reitera sua inocência. “Esclareça-se, no ponto, que o próprio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro já decidiu quando do julgamento da descabida acusação de improbidade pelos mesmos fatos, inexistir justa causa, arquivando, de pronto, a ação proposta pelo Ministério Público. Christino Áureo permanece à disposição da Justiça, nela sempre depositando confiança e respeito”, diz a nota. (JB On Line)

error: Conteúdo protegido !!