Comércio do Rio pode perder até R$ 5 bilhões com feriados em 2018

O comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro pode perder R$ 4,8 bilhões em receitas de vendas no ano
Fotos: Divulgação / Internet

Com o excesso de feriados em 2018 (doze nacionais e dois estaduais), dos quais doze em dias úteis com possibilidade de prolongamento – o chamado “enforcamento” – o comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro pode perder R$ 4,8 bilhões em receitas de vendas no ano. Cada dia parado representa uma perda média de cerca de R$ 405 milhões. Ao longo do ano o comércio terá cerca de 30 dias de movimento prejudicado e novembro será o mês com mais feriados: Finados (sexta-feira), Proclamação da República quinta-feira) e da Consciência Negra (terça-feira). A estimativa é do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio).

Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, apesar dos acordos feitos entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Empregados do Comércio permitirem as lojas abrirem, os feriados do ano e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente as lojas de rua que são as que mais sofrem, especialmente o centro da cidade que fica completamente deserto. Com os chamados “enforcamentos” há a possibilidade do cidadão folgar treze dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana.

“Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio. São quase 30 dias (um mês) de vendas depreciadas. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender e também o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, estimativa do Centro de Estudos do CDLRio mostra que eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, conclui Aldo.

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