Centro de Equoterapia da PM amplia atendimento

Apenas este ano, 104 pacientes já passaram pelo tratamento, voltado para crianças com necessidades especiais
Fotos: Marcelo Horn

O Centro de Equoterapia (CEQ) do Regimento de Cavalaria Coronel Enyr Cony dos Santos, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), já atendeu, de 2011 até agora, mais de 12 mil pessoas. Apenas este ano, 104 pacientes já passaram pelo tratamento, voltado para crianças com necessidades especiais. Iniciada em 1996, a equoterapia é realizada às segundas, quartas e sextas, e 24 pessoas são atendidas por dia, totalizando 236 atendimentos por mês em média. A meta de 2018 é a implantação do projeto Volteio Interativo, que será indicado para crianças com dificuldade de aprendizagem.

“O projeto Volteio Interativo vai formar grupos de mais ou menos quatro crianças, onde cada uma auxilia a outra na montaria a cavalo, na guia e nos tambores, por meio de jogos pedagógicos. O objetivo é a interação para melhorar as dificuldades de aprendizado”, afirmou a assistente de coordenação do programa, Cátia Simonato.
A equoterapia é realizada por equipe multidisciplinar, formada por 14 policiais militares com formações variadas, como psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, pedagogia, educação física, veterinária e equitação. Sua prática traz benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais para pessoas com deficiências físicas ou mentais, utilizando o cavalo como agente cinesioterapêutico (movimento), pedagógico e de inserção social.

Mãe do menino Frederico, que tem Síndrome de Down e adora as aulas, Regia Moreira lembra da evolução do filho de 9 anos. “Antes, ele andava sobre a ponta dos pés. Hoje, caminha normalmente, graças ao equilíbrio conquistado com a equoterapia. O tratamento também melhorou a parte motora, cognitiva e de socialização. Ele era tímido, mas agora conversa mais”, explicou Regia Moreira.
A equitação praticada por pessoa com deficiência física ou mental, sem contraindicação médica, atua de forma complementar a outras terapias de reabilitação. O atendimento equoterápico deve ser iniciado mediante parecer favorável em avaliação fisioterapêutica, médica e psicológica.
Outro programa é a Terapia Assistida com Cavalos para Policiais Militares (TACPM), que foi criado em 2016, para o tratamento de Policiais Militares com estresse pós-traumático e Síndrome de Burnout.
A terapia em grupo é oferecida a todos os policiais com sintomas psíquicos e psicossomáticos ocasionados pelo estresse. Essa prática também é adotada, com bons resultados, pelo governo dos Estados Unidos, que a aplica aos veteranos das guerras do Afeganistão e do Iraque.

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