Lixarada no calçadão da Avenida Amaral Peixoto, centro de Nova Iguaçu, nos dias de Natal
Foto: Davi de Castro
A produção de lixo domiciliar aumentou em 30% nesta reta final do ano de 2017 em Nova Iguaçu. Entre os dias 24 e 25 de dezembro foram depositadas nas ruas e terrenos baldios, 1.300 toneladas de resíduo sólido urbano (lixo) e entulhos. De acordo com o gestor de contrato da Green Life, Iran Lima, responsável pela coleta na cidade, cada morador produz, em média diária, 1 quilo e 250 gramas detritos. Porém, nos dias festivos de Natal, esta produção sobe para 1 quilo e 625 gramas.
Cerca de 18 mil ruas, além de becos, travessas e praças, distribuídas entre 1.064 bairros e sub-bairros, compõem Nova Iguaçu. Tudo isso junto, somam-se 2.395,77 quilômetros de vias públicas na cidade, segundo estudos da Câmara Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, sob a direção executiva do arquiteto e urbanista Vicente Loureiro. Nesse gigantesco território a Green Live, que opera com tecnologia de ponta em vários municípios do estado, atua na totalidade das artérias de Nova Iguaçu, fazendo a coleta de lixo domiciliar e a remoção de entulhos, cujos resíduos totalizam mil toneladas diária ou uma média de 30 mil toneladas mensais. De acordo com Iran Lima, que coordena os serviços, há muitas regiões de difícil acesso, aonde o trabalho da equipe chega com muita dificuldade e, em algumas áreas, muitas das vezes, não consegue chegar.
Cada morador produz 1.250kg por dia
Ainda segundo Iran, no mês de dezembro, principalmente nos dias festivos de Natal, a coleta chega a 1.300 toneladas, ou seja, 30% a mais do que os dias normais. “Estimando que o município tenha 800 mil habitantes, cada morador produz em média diária, 1kg e 250 gramas de lixo e entulho”, avalia. “Mas no período natalino, ocasião em que as famílias se reúnem de forma festiva, com muitos comes e bebes, a produção de lixo e entulho sobe para 1kg e 625 gramas por morador”, explica. Mas as dificuldade de coleta desse material, segundo ele, existem em várias áreas e por vários motivos. “Quando não é falta de infraestrutura da região, como no KM-32 e Cabuçu, é por conflitos de área”, explica, sem citar localidades. No Ano Novo a produção diminui, segundo ele, porque muitas famílias preferem viajar. “Consequentemente, produzem lixo em outro município”, avalia Iran.
Coleta quase impossível
Difícil acesso para coleta – Enquanto em algumas áreas a equipe de coleta de lixo não consegue chegar, por falta de infraestrutura do bairro ou da região, em outras o motivo é o conflito de facções, comandadas pelo tráfico de drogas ou pela milícia. Quando está tudo tranquilo, o serviço é feito normalmente. Mas, segundo Paulo Roberto Santos, 30 anos, que mora no bairro Nova América, há regiões em que a coleta é feita com dificuldade e sem dia certo, como acontece no ‘Buraco do Boi’, por causa do tráfico de drogas. “Nos dias de tiroteio entre a policia ou facções rivais, é impossível chegar”, completa.
por Davi de Castro
davi.castro@jornalhoje.inf.br