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Oito jogos, sete vitórias, um empate e o tetra-campeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Este foi o saldo da campanha do Flamengo na maior competição de bases do país. Com 21 gols marcados e apenas três sofridos durante toda a Copinha, os garotos do Ninho do Urubu mostraram que estão prontos para subir um novo degrau na carreira e subir para o time profissional.
A vitória na finalíssima de ontem, contra o São Paulo, em um Morumbi lotado por tricolores, mas também com muitos rubro-negros, o time carioca foi fatal em uma das únicas chances que criou. Com gol de Wendel aos dois minutos do primeiro tempo, o Flamengo precisou de maturidade para segurar o ímpeto do adversário e garantir o quarto título da Copinha na sua história.
A campanha – O Flamengo começou a Copinha goleando o Ji-Paraná por 6 a 0, no dia 3 de janeiro. O único jogo que não terminou com vitória Rubro-Negra foi contra o Aimoré, pela segunda rodada da fase de grupos (empate em 1 a 1). Na partida decisiva o time carioca venceu o Oeste por 2 a 0 e garantiu a classificação em primeiro lugar no Grupo 21.
No início da segunda fase, o chamado mata-mata, o técnico Maurício Souza perdeu metade do time titular. Cinco garotos foram chamados por Paulo César Carpegiani para integrar o time profissional na disputa do Campeonato Carioca enquanto os titulares ainda estavam de férias e iniciaram mais tarde a pré-temporada.
Apesar das baixas o Flamengo seguiu forte na Copinha e venceu o Elosport por 5 a 0. A partir daí os confrontos foram mais equilibrados e o Rubro-Negro venceu pelo placar mínimo Coritiba, Audax-SP e Avaí até chegar à semifinal contra a Portuguesa, quando venceu por 3 a 2. Aquela altura outros cinco jogadores da base haviam sido deslocados para o time profissional e disputavam, simultaneamente, as duas competições.
E entre essas idas e vindas de Carioca e Copinha um dos destaques foi o camisa 10 Pepê, que marcou seu primeiro gol como profissional na vitória por 2 a 0 contra o Volta Redonda, na estreia do Estadual. Ele também foi fundamental na decisão de ontem. Em cobrança de escanteio, logo no início do jogo, o meia colocou com precisão na cabeça do atacante Wendel, que marcou o gol do título.
A partir de então o Flamengo foi empurrado pelo São Paulo para seu campo de defesa, talvez em virtude da vantagem no placar, da necessidade do adversário em atacar ou até mesmo do desgaste causado pelas seguidas viagens de alguns jogadores. Mesmo assim o sistema defensivo soube se portar, e o goleiro Yago fez grandes defesas salvou o Flamengo nas oportunidades em que o adversário conseguiu concluir na direção do gol.
Os oito minutos de acréscimos na etapa final, justificados pela parada técnica, substituições e também cera de alguns jogadores do Flamengo, pareciam uma eternidade para atletas e torcida, exaustos pelo forte sol na capital paulista, mas o apito final marcou o início de uma grande festa para os “formandos” rubro-negros que concluíram, com louvor, a “faculdade da bola” e já vislumbram uma vaga definitiva, não mais uma espécie de estágio, entre os profissionais.
por Raphael Bittencourt – raphael.bittencourt@jornalhoje.inf.br
