Em jogo intenso, o Nova Iguaçu cedeu o empate ao Bragantino na etapa final e foi eliminado ainda na primeira fase da competição nacional
Bernardo Gleizer/NIFC

A partida entre Nova Iguaçu e Bragantino foi histórica. Não pelo resultado de 1 a 1 que classificou os visitantes para a segunda fase, mas sim pelo fato de que pela primeira vez em 27 anos de existência o clube da Baixada Fluminense disputou a Copa do Brasil, a competição mais democrática do país.
O regulamento prevê que a equipe local joga a primeira fase com a obrigação da vitória para avançar. Sabendo disso, o Nova Iguaçu tentou tirar proveito dos oito desfalques do Bragantino – que poupou titulares confiante em um resultado que não fosse a derrota no Laranjão – e partiu para cima da equipe paulista desde o início da partida.
Aos cinco minutos o Orgulho da Baixada quase abriu o placar com Adriano. O artilheiro recebeu com cruzamento de Wescley e se antecipou ao goleiro, mas cabeceou por cima do gol. Aos 19, mais pressão do time da casa. Jonathan recebeu e tentou o chute, mas foi bloqueado. Na sobra, Caio Cezar arriscou e a bola saiu. O lance chegou a assustar o goleiro Alex. Após a parada técnica, mais uma boa chance. Jonathan rolou para trás, Wescley girou sobre a marcação e chutou, mas a bola explodiu na zaga.
O fim do primeiro tempo se aproximava e as duas equipes pareciam querer logo o intervalo para se recuperarem do desgaste físico provocado pelo forte calor. Mas o Nova Iguaçu ainda reservou um último gás para abrir o placar. Adriano saiu por trás da zaga do Bragantino, driblou o goleiro adversário, que chegou a pegar a primeira, mas no rebote o camisa 9 não desperdiçou e abriu o placar da partida aos 45 minutos.

Segundo tempo

Com a vantagem no placar, o Nova Iguaçu adotou uma postura mais defensiva na etapa final e apostou nos contra-ataques para tentar liquidar a partida. Aos sete minutos Wescley chegoi bem pelo lado direito e tocou para Caio Cézar, que foi parado pela defesa adversária com falta. Na cobrança, Paulo Henrique cruzou para Murilo Henrique, que tentou bater para o gol, mas acertou a zaga do Bragantino. No rebote, Murilo isolou e bateu para bem longe do gol.
Aos 24 minutos o técnico Edson Souza queimou sua primeira substituição e trocou um meio-campo por outro. Jonathan deu lugar a Robinho que entrou bem na partida. Aos 32, ele foi derrubado por Juliano na entrada da grande área. Falta perigosa para o Nova Iguaçu e cartão amarelo para o jogador do Bragantino. Robinho teve mais uma ótima chance de ampliar o placar ao receber bola rolada por Lucas. O meia pegou bonito de primeira, mas a bola saiu rente ao poste direito do goleiro Alex Alves.
Aos 35 minutos o Nova Iguaçu fez sua segunda alteração. O meia Caio Cezar saiu aplaudido para a entrada do atacante Vinícius Paquetá. Precisando do empate, Marcelo Veiga, técnico do Bragantino, tirou o lateral Marcel e pôs o meia Patrick. A alteração surtiu efeito e o Bragantino foi para cima.
Em jogada pela direita, aos 35 minutos, Hélton bateu por cima e a bola passou rente ao gol de Jefferson. O Bragantino teve uma grande chance de empatar a partida.  Dois minutos depois a equipe paulista chegou ao empate com Juliano. Em jogada desenhada pelo lado esquerdo, a bola passou por toda a área e sobrou para o zagueiro, pelo lado direito, que chutou rasteiro e marcou o gol de empate.
O resultado eliminava o Nova Iguaçu e então Edson Souza fez sua última substituição e foi para o tudo ou nada. Saiu o meia Vinícius Matheus e entrou o atacante Dieguinho. O fim do jogo se aproximava e os jogadores do Bragantino faziam cera para segurar o resultado. O Orgulho da Baixada ainda tentou uma pressão final e a torcida apoiou com gritos de “Eu acredito”.
Apesar da insistência e dos seis minutos de acréscimo não houve tempo suficiente para o Nova Iguaçu retomar a vantagem no placar e a primeira experiência na Copa do Brasil terminou com eliminação na primeira fase.
Agora o Nova Iguaçu irá concentrar suas atenções na disputa do Campeonato Carioca. A equipe é terceira colocada do Grupo B, com cinco pontos, e enfrenta o Flamengo, líder da chave, precisando da vitória para sonhar com a classificação para as semifinais da Taça Guanabara. O Orgulho da Baixada ainda tem no calendário deste ano as disputas da Copa Rio e da Série D do Campeonato Brasileiro.

Nova Iguaçu
Jefferson, Wallace, Rphael Neuhaus, Murilo Henrique, Lucas, Vinícius Matheus (Digueguinho), Paulo Henrique, Caio César (Vinícius Paquetá), Wescley, Jonathan (Robinho) e Adriano. Técnico: Edson Souza

Bragantino
Alex Alves; Robertinho (Ewerton), Juliano, Junior Goiano e Marcel (Patrick); Clayton, Willian Schuster e Helton; Anderson Ligeiro, Gerley e Miguel. Técnico: Marcelo Veiga

por Raphael Bittencourt – raphael.bittencourt@jornalhoje.inf.br