Laboratório ajuda Belford Roxo no combate à dengue e a outras doenças

Técnicos da Vigilância sanitária fazem a análise da larva, que é importante para a elaboração do Lira
Cláudio Nunes/PMBR

Em época do avanço da dengue em diversas cidades, a Prefeitura de Belford Roxo montou, na Secretaria Municipal de Vigilância Sanitária, em Heliópolis, o laboratório de entomologia médica, que tem como objetivo fazer o estudo dos insetos sob todos seus aspectos em relações com o homem, plantas,  meio ambiente e animais.
O guarda de endemias Ricardo Mello, que se aperfeiçoou no estudo da entomologia, se empolga ao falar sobre o laboratório. Ele destacou que de 2015 a 2017 foi feito um mapeamento nos 30 bairros do município e constatou que o Aedes aegypti, mosquito causador de diversas doença como a dengue e chikungunya, por exemplo, está presente em diversas regiões do município. “Fazemos o trabalho de campo, onde o técnico traz a larva em tubos e analisamos. Depois enviamos 5% do total parta a Fundação Oswaldo Cruz avaliar. Esse trabalho é importante para a elaboração do Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aesdes aegypti”, concluiu Ricardo Mello.
Uma das vantagens do Lira – que é feito de dois em dois meses – é que ele identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do município, além de permitir o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
Cobras, aranhas e lacraias
O laboratório de entomologia médica da Secretaria de Vigilância Sanitária tem cerca de 30 espécies, que vão desde cobra coral verdadeira, aranha caranguejeira, lacraia e jararaca. “Nosso objetivo é trazer para Belford Roxo o soro antiofídico, que é utilizado para tratamento de mordidas de cobras venenosas”, frisou Ricardo Mello.
O secretário municipal de Vigilância Sanitária, Gilson de Souza, argumentou que ao assumir o cargo, em janeiro de 2017, encontrou o laboratório em precário estado. “Encontramos materiais se deteriorando. Conseguimos recuperar e colocar tudo para funcionar. O laboratório hoje está equipado com seis microscópios e quatro funcionários que se dedicam para que o trabalho seja bem realizado”, encerrou o secretário, frisando que caso não tivesse o laboratório de entomologia, a análise para o fechamento do Lira teria que ser feito em outro município ou na Fiocruz.

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