Familiares emocionados após corpo ser retirado de via. Procedimento demorou cerca de sete horas
Foto: divulgação
Além da dor da perda, a angústia da espera. Era nessa situação em que se encontravam alguns amigos e parentes do cozinheiro Francisco Veridiano de Souza, de 32 anos. Ele não resistiu aos ferimentos depois de ser atropelado na Estrada do Galeão, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. O acidente aconteceu por volta das 20h desta segunda-feira, de acordo com a informação de testemunhas. O veículo da Defesa Civil, no entanto, só chegou ao local às 2h50m desta terça-feira — cerca de sete horas depois — para a remoção do corpo. Antes disso, a perícia foi realizada no local.
Segundo testemunhas, Francisco — que completaria 33 anos no próximo dia 15 de fevereiro — estava de folga e foi até aquela área do bairro visitar uns amigos, na noite desta segunda-feira. Por volta das 20h, ele foi atravessar a Estrada do Galeão pelo sentido Ilha do Governador quando foi atropelado. A batida foi tão violenta que seu corpo foi arremessado para o sentido Centro da via, onde terminou atingido por outro veículo.
A vítima morreu na hora e, conforme relatam parentes, nenhum dos condutores dos automóveis que o atropelaram pararam o carro para prestar socorro. Próximo ao local onde ocorreu o acidente havia uma passarela para pedestres.
Pouco depois do atropelamento, familiares souberam do acidente e foram até o local:
“Meu irmão não é cachorro. Ele é trabalhador. É cozinheiro do restaurante Segredo da Mamãe, na Estrada das Canárias. Meu coração está dilacerado, ele não era bandido. Meu irmão morreu há horas e continua aqui, na chuva. Não bastava perdê-lo, ainda temos que passar por isso”, desabafou, emocionada, Dalva Souza, de 33 anos, irmã da vítima.
Ainda de acordo com os familiares, agentes da Polícia Civil chegaram à Estrada do Galeão, próximo à esquina para a Estrada das Canárias depois da 0h30m, cerca quatro horas e meia após o acidente. Uma patrulha da Polícia Militar, desde o momento do atropelamento aguardou no local até a chegada do veículo da Defesa Civil, pouco antes das 3h. O corpo de Francisco estava na pista e a o sentido Centro da via, que ficou com uma faixa de rolamento interditada pelo período de cerca de sete horas.
A via foi totalmente desbloqueada após a remoção. Parentes ficaram emocionado no momento em que os agentes retiraram o atropelado da via. Francisco era casado e também o caçula de cinco irmãos.
