Wagner aponta caminho para a classificação

Meio-campo é um dos jogadores mais experientes do Vasco e já atuou na altitude quando defendia o Cruzeiro
Carlos Gregório Jr/Vasco

Um dos mais experientes do elenco do Vasco e com jogos disputados em grandes altitudes no currículo, o meia Wagner sabe que o duelo da volta contra o Jorge Wilstermann não é uma partida comum. O duelo pela Libertadores será em Sucre, a 2.800 metros, e o jogador acredita que o time precisa se adaptar ao que o confronto exige. Até malandragem.
Para Wagner, a inteligência será fundamental para o Vasco não tomar sustos. E isso passa por não “correr errado” e dosar o fôlego.
“Tem que saber o momento certo de atacar, de recompor, de dar o pique… Não pode ir em bola errada. Nosso adversário está acostumado, vão entrar de uma forma forte para atacar. Precisamos ser calculistas. Sair só na hora de fazer o gol. É só aplicarmos o que treinamos que vamos sair com a classificação”, disse.
Parte da estratégia é utilizar os momentos em que o jogo é parado pelo árbitro e ganhar uns preciosos segundos a mais para o corpo descansar.
“Tem que ter (malandragem). Jogar o jogo quando estivermos com a bola. Se sofrermos uma falta, descansar todos os segundos que forem possíveis conseguir. Isso faz a diferença. Alguns vão jogar pela primeira vez na altitude, e cada um tem uma reação. Temos que usar a malandragem brasileira.”
A estratégia montada pelo clube de fazer a preparação em Santa Cruz de la Sierra, quase no nível do mar, e viajar para Sucre apenas hoje, dia da partida, é a mais acertada, na visão de Wagner. Ele já teve uma experiência em Potosí, a 4.000 metros de altitude, quando defendia o Cruzeiro.
“Muda a batida, a bola chega com mais velocidade. Quando corremos, a quantidade de oxigênio que vai para o cérebro é menor, e alguns vão sentir tonteira. Em outras oportunidades, como em Potosí, eu cheguei quatro, cinco dias antes. Não foi bom. Quanto mais tempo, mais sente. A tática de ficar o menor tempo possível minimiza o desgaste”, afirma.

Pikachu briga por artilharia
Artilheiro do Vasco na Libertadores com três gols, Pikachu tem a chance de assumir a ponta da tabela de goleador se voltar a marcar. Morelo, do Santa Fé-COL, tem quatro. O lateral-direito também assimulou bem o discurso sobre qual tem que ser a postura cruz-maltina em Sucre.
“Estou feliz por esse momento e, independentemente de quem faça gol, temos a chance de chegar e fazer um bom jogo. Teremos dificuldades, mas estamos bem preparados para enfrentar. Eles vão tentar explorar o fator altitude, vão partir para cima no início do jogo, dar um abafa. Mas fizemos um trabalho bom e temos uma vantagem considerável”, comemora.
Como venceu por 4 a 0 em São Januário, o Vasco pode até perder por três gols de diferença (ou quatro, caso marque ao menos uma vez) do Jorge Wilstermann que ainda sim se classifica para fase de grupos da Libertadores. O jogo será quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio Olímpico Patria.

Conmebol multa Vasco

O goleiro Martín Silva vestiu verde diante do Universidad de Concepción
Carlos Gregório Jr. / Vasco

A Conmebol multou o Vasco em cerca de R$ 48,5 mil por causa da cor do uniforme usado pelo goleiro Martín Silva diante do Universidad de Concepción, pela Pré-Libertadores de 2018. O goleiro uruguaio deveria ter usado uma camisa de cor azul, mas utilizou uma verde.
A entidade sul-americana aplicou punição mínima ao Cruz-Maltino por violar o artigo 61 do regulamento. A pena foi a mesma aplicada ao Independiente-ARG no episódio de racismo na final da Sul-Americana de 2017, contra o Flamengo.
A troca do uniforme ocorreu devido a mudança no fornecedor de material esportivo do clube. A cor azul foi combinada quando a Umbro era a distribuidora. A nova empresa, Diadora, porém, não tem azul para goleiros.
O Vasco eliminou o Universidad de Concepción da Libertadores após bater o adversário nos dois jogos: 4 a 0 no Chile, e 2 a 0 no São Januário.
Fonte: Globoesporte.com

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