Moradores de Dom Rodrigo estão em risco

Parte da Rua Nossa Senhora das Graças foi destruída pela força da chuva e levada pela correnteza que desce pelo valão ao lado
Davi de Castro/Jornal de Hoje

A correnteza que desce pelo valão e cruza a Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira) pela Rua Nossa Senhora das Graças, situado no bairro Dom Rodrigo, em Nova Iguaçu, já arrastou mais da metade da artéria. Restam poucos metros de largura de uma pista esburacada, que coloca em risco de acidentes a vida de pedestres e de veículos passam pelo local.
A erosão da rua é provocada pelos fortes temporais que têm caído sobre a Baixada Fluminense, nos últimos dias, causando muitos estragos em vários bairros de Nova Iguaçu. As localidades mais prejudicadas são as situadas às margens da Avenida Abílio Augusto Távora.
A tromba d’água que desce da Serra de Madureira nos dias de temporais atravessa a Estrada de Madureira e segue destruindo asfalto, muros, derrubando árvores e levando quase tudo que está pela frente. Exemplo disso é a forte correnteza que já arrancou as encostas de cimento que protegiam as laterais do valão do Dom Rodrigo, no cruzamento com a Estrada de Madureira, próximo á Universidade Iguaçu (Unig).
A situação só não é pior porque o valão, apesar de assoreado, ajuda a escoar o fluxo de águas. Entretanto, como a correnteza é muito forte, na ausência das encostas, as águas estão levando o barranco, acelerando a erosão. Com a queda das encostas e das margens do canal, a rua está cada vez mais estreita, restando cerca de dois metros para passagem de veículos e moradores.
Risco para motoristas e pedestres
O motorista Paulo Roberto da Silva, 40 anos, passava pelo lado do valão no momento em que a equipe do Jornal de Hoje conversava com moradores da localidade. “Isso aqui está um perigo”, gritou. “Se a prefeitura não resolver essa situação, a qualquer instante um carro pode despencar barranco abaixo e parar dentro do valão”. E acrescenta: “Durante o dia, a gente ainda pode ver o caminho. Mas a noite fica muito escuro aqui”, completou.
Outro motorista, que não quis ser identificado, entrou na conversa. “Quando chove, a tromba d’água é tão forte que se o veículo passar por aqui e o motorista não estiver muito atento, o carro pode deslizar para dentro do valão e descer na correnteza”, avalia.
Seu Osmar Castuciano Matias, 57 anos, disse que mora no bairro há mais de 20 anos e nunca imaginou que aquele valão se tornasse tão perigoso aos moradores. “Quando a encosta caiu, a situação piorou, pois a rua foi cedendo para dentro do canal, ficando muito estreita assim, que só cabe um carro”, aponta. “Se for à noite e o pneu passar perto da beirada, o carro pode derrapar e capotar pra dentro do valão”, imagina o morador. “Como eu passo aqui de bicicleta não corro tanto risco”, brinca seu Osmar.

por Davi de Castro – davi.castro@jornalhoje.inf.br

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