Baixada define rede de urgência e emergência

Gestores da saúde da Baixada e SES definem rede de atendimento nos casos de urgência e emergência 
Divulgação/Cisbaf

Secretários e subsecretários de Saúde, coordenadores de Urgência e Emergência, diretores de hospitais e técnicos do Cisbaf se reuniram na manhã de ontem, na sede do Cisbaf, para dar continuidade à discussão e definição da rede de atendimento dos casos de urgência e emergência na Baixada Fluminense. O encontro foi conduzido pela superintendente de Regulação da SES-RJ, Kitty Crawford, e contou também com a presença da secretária executiva da CIR Metropolitana 1, Patrícia Vanda. A grade acordada seguirá, posteriormente, para aprovação na CIR Metro 1.
A planilha considera os únicos hospitais de emergência da região, como o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes e o Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, bem como outras unidades estaduais e do município do Rio para que seja possível atender a enorme demanda. A rede de urgência e emergência foi subdividida pelas principais linhas de cuidado, como trauma, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, obstetrícia e outros agravos médicos. Segundo a secretária executiva do Cisbaf, Dra. Rosangela Bello, a grade, após ratificação na reunião da CIR será a referência para os municípios e norteará o serviço do Samu 192, do Corpo de Bombeiros, além das centrais de regulação estadual e municipais.
O diretor geral do HGNI, Dr. Joé Sestello, enfatizou a grande dificuldade que vem encontrando para atender um número cada vez maior de pacientes oriundos dos demais municípios da região. “Não temos capacidade instalada para absorver toda a demanda, principalmente, daqueles municípios que não ofertam serviço de urgência e emergência, nem leitos de retaguarda, que ajudariam a desafogar o hospital”, desabafa Sestello. A coordenadora médica do Hospital Saracuruna, Dra. Mayla Portela, endossou as palavras de Joé e afirmou que a unidade, além de lotada, ainda recebe pacientes de baixo risco, extrapolando ao perfil de assistência do hospital.
Durante a reunião, algumas sugestões foram apresentadas: a utilização de parte das vagas do Hospital Municipal de Acari como leitos de retaguarda para encaminhamento de pacientes da Baixada que demandem assistência de complexidade intermediária, e a retirada do repasse federal da RUE (Rede de Urgência e Emergência) dos municípios que não ofereçam o serviço.
Para Kitty Crawford, a discussão mostrou que, apesar das imensas dificuldades de toda a região, todos os gestores precisam estar unidos na busca de caminhos que atendam à população. “Apesar da resistência do município do Rio em debater a questão, principalmente, no que se refere ao acesso aos leitos nos hospitais federais localizados na sua área geográfica, conseguimos avançar um pouco com o apoio dos órgãos de controle externo, como MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal).”

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