Coalizão de direita é a mais votada na Itália

O líder da Liga Norte, Matteo Salvini, defendeu seu direito a governar ao liderar a coalizão que obteve mais votos

Com a legenda extremista Liga Norte à frente, a direita foi a coalizão mais votada nas eleições de domingo (4) na Itália, com 37,01% de votos, enquanto o Movimento 5 Estrelas (M5S) foi a legenda com mais sufrágios com 32,53%, mas nenhum dos dois obteve maioria de governo. A informação é da EFE.

O resultado final divulgado ontem (5) não é interessante para ninguém, já que somente será formado um novo governo se houver uma aliança, perante a aprovação do presidente da República, Sergio Mattarella, o que não acontecerá até o começo de abril.

A coligação de direita e extrema-direita une as legendas Força Itália, do ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi, a Liga Norte, a ultradireitista Irmãos da Itália e a conservadora Quarto Polo. Contrariando as pesquisas anteriores, que apontavam o partido de Berlusconi como o de maior intenção de voto dentro da coligação, o mais votado foi a Liga, um partido anti-Europa e anti-imigração, liderado por Matteo Salvini.

Após mais de 12 horas de apuração, os resultados definitivos apontam para o crescimento do M5S, que nas eleições de 2013 tinha chegado a 25% dos votos, e sobretudo a explosão em nível nacional da Liga Norte, que terminou com 17,48%, sendo que há cinco anos tinha conseguido 4,08%. Com isso, a legenda de Matteo Salvini se transformou no partido mais votado da direita, ao superar em quase quatro pontos o Força Itália, de Berlusconi, que ficou com 14,03% dos votos.

Os dados se referem à Câmara dos Deputados, enquanto no Senado os resultados só têm pequenas diferenças, mas agora será preciso esperar a repartição das cadeiras.

A lei eleitoral prevê que 36% da Câmara dos Deputados e do Senado italianos sejam preenchidos com um sistema majoritário baseado em circunscrições uninominais e 64% de forma proporcional.

Apesar da falta de dados precisos sobre as cadeiras, estes resultados não dão a nenhuma das coalizões, nem ao M5S, a maioria dos 316 assentos necessários para governar.

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