Apreensão de cocaína com logomarca de rede de fast food é a segunda feita pela PF no Brasil

Droga tinha embalagem com marca de rede de fast food Foto: Reprodução

A apreensão de 1,3 tonelada de cocaína em embalagens coloridas com a logomarca de uma das maiores redes de fast food do mundo no Porto do Rio, na última quinta-feira, foi a segunda do tipo feita pela Polícia Federal em seis meses no Brasil. A primeira vez que a PF apreendeu a droga escondida em embalagens com essa marca foi em setembro do ano passado, no Mato Grosso do Sul. Na ocasião, 412 kg de cocaína estavam escondidos na carroceria de um caminhão em Campo Grande, capital do estado. Três homens, incluindo um ex-vereador da cidade de Bonito (MS), estavam no veículo e foram presos. A PF investiga se há alguma ligação entre os dois casos.

Segundo autoridades aduaneiras e policiais federais, esses símbolos são usados pelas quadrilhas de traficantes não só para indicar a procedência da droga, mas também para marcar diferentes destinos de cargas grandes. Ou seja, as logomarcas identificam aos membros da quadrilha para qual destinatário vai cada parte da remessa. Portanto, os agentes acreditam que essa carga seja ainda maior e que tenha outros destinatários.

Segundo a Receita Federal, a cocaína apreendida no Porto do Rio tinha como destino a cidade de Antuérpia, na Bélgica. Os dois contêineres onde a droga estava escondida foram remetidos por duas empresas exportadoras diferentes — uma com sede em Santos, outra em São Paulo, que tem como um de seus sócios um despachante aduaneiro — e sairiam do Rio na próxima terça-feira no cargueiro MSC Arica. As empresas são investigadas no

inquérito aberto pela PF a partir da apreensão da cocaína.

No entanto, o destino final da carga de materiais de construção, em meio a qual a droga estava escondida, era o Porto de Tema, em Gana, na África. Para agentes da Receita Federal, lacres clonados encontrados junto às drogas seriam usados no Porto de Antuérpia, para que a cocaína fosse retirada e os contêineres fossem novamente fechados em seguida. Os objetos tinham os mesmos números de série dos lacres que fechavam os transportadores.

“Esses lacres clonados são usados para despistar as autoridades aduaneiras. Quando as quadrilhas desejam abrir os contêineres para retirar a droga e fechá-los depois sem deixar sinais de que o transportador foi arrombado, eles usam esse tipo de material”, explica Marcus Vinicius Vidal Pontes, superintendente da Receita Federal no

 

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