Vila Kennedy tem nova operação da PM


Uma das barricadas instaladas por traficantes na Vila Kennedy Foto: Reprodução

A Polícia Militar faz, nesta terça-feira, mais uma operação na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio. É o segundo dia consecutivo de ações na comunidade. Ainda não há informações de confrontos nem de prisões e apreensões.

Participam da operação equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Kennedy. O objetivo da ação é “checar informações do Setor de Inteligência e coibir ações de criminosos na região”, informou a assessoria de impresa das UPPs.

Um morador da comunidade disse que há movimentação de um blindado e de duas viaturas, além de alguns PMs a pé na Avenida Marrocos:

— Desde ontem o blindado rodando. Ontem foi o Batalhão de Choque que fez isso. Mas isso está acontecendo depois de meses. A UPP da Vila Kennedy ficou meses sem patrulhar a Vila Kennedy. Me pergunto se essas operações agora são resultado da intervenção (federal).

Outro morador disse que, além das ações policiais e de militares das Forças Armadas, a comunidade precisa também de intervenções sociais:

— Precisamos também de professores nas escolas da prefeitura. O Rio das Sardinhas está sujo e cheio de construções irregulares. As unidades de saúde estão sem médicos. A Vila Olímpica está precisando de reforma.

Idoso morto por bala perdida

Neste domingo, um idoso morreu após ser atingido na cabeça por uma bala perdida na Vila Kennedy. Morador da comunidade, Valdir Vieira da Silva, de 66 anos, estava na localidade conhecida como bairro 13 quando e foi baleado em meio a um confronto entre traficantes e policiais da UPP.

Uma mulher de 40 anos também ficou ferida. Ela foi atingida na coxa esquerda. Ambas as vítimas foram levadas para ao Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo. Valdir morreu às 20h43. A mulher recebeu alta após o atendimento.

No dia anterior, a Vila Kennedy havia sido palco de uma grande operação das Forças Armadas, que levaram cerca de 1400 homens para remover barricadas colocadas pelos traficantes nas vias de acesso à comunidade. Foram retiradas 16 barreiras, mas, logo após a saída das tropas, os bandidos colocaram novos obstáculos para impedir o avanço das forças de segurança.

De acordo com o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), as Forças Armadas vão voltar ao local para fazer nova retirada dos obstáculos.

 

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