Três ônibus são incendiados em Caxias em represália à morte de dois suspeitos

Um dos ônibus incendiado em Caxias Foto: Reprodução

Três ônibus foram incendiados na noite desta quarta-feira no bairro Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação foi em represália à morte de dois homens durante uma operação do 15ºBPM (Duque de Caxias) na comunidade do Massapê durante a tarde.

Segundo o comando do 15ºBPM (Duque de Caxias), na tarde de ontem, policiais militares do 15ºBPM durante operação na comunidade do Massapê, na região de Santa Cruz da Serra, foram recebidos a tiros no início da incursão no local e houve confronto.

Após a ação, segundo a Polícia Militar, dois suspeitos foram encontrados feridos e com eles foram apreendidos uma pistola calibre 380, drogas e rádios comunicadores. Os dois foram socorridos ao Hospital Adão Pereira Nunes (Hospital de Saracuruna), em Caxias. O caso foi encaminha para a 62ª DP ( Imbariê).

Em nota, Fetranspor informou que repudia mais um ataque a ônibus no município de Duque de Caxias. Os três veículos operavam a linha Caxias-Ilha e foram incendiados nas imediações do Parque Paulista. Até o momento, segundo a federação, 18 ônibus foram incendiados. No ano passado, no mesmo período, foram 16 casos.

 

Caxias lidera ranking de ataques

 

Salvo a capital, Caxias desponta como o município com o maior número de ataques a ônibus desde 2016. A cidade registrou até o momento 29 ônibus destruídos por criminosos. Este ano já foram seis ataques.

151 ônibus incendiados desde 2016: prejuízo para o setor e passageiros

Desde 2016, o setor registrou prejuízos com 151 ônibus incendiados em todo o Estado. O custo de reposição é cerca de R$ 67 milhões, que poderiam ser investidos em melhorias no sistema para o conforto dos passageiros.

Com os ataques criminosos a ônibus, a população é a mais prejudicada com a redução da oferta de transportes. O tempo de reposição de um ônibus pode chegar a seis meses (compra, fabricação e regularização do veículo com as autoridades de trânsito). Nesse período, um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros. Se somarmos a frota incendiada desde 2016 (151), potencialmente, deixaram de ser transportados mais de 10 milhões de passageiros nesses veículos.

Inexistência de seguro

É importante lembrar que a inexistência de seguro para este tipo de sinistro e a crise econômica do setor, que tem feito as empresas perderem gradativamente a capacidade de investimento em renovação da frota, tornam inviável a reposição de ônibus incendiados.”

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