Nó no transito de Nova Iguaçu revolta pedestres e motoristas

Pedestres e motoristas viveram um dia de cão ontem nas ruas centrais e periféricas de Nova Iguaçu. Com a chuva que caiu sobre a cidade desde a madrugada e continuou durante todo o dia, o trânsito amanheceu um inferno desde as primeiras horas da manhã. Muitas reclamações e críticas ao governo municipal.
O caos se estabeleceu dos dois lados de Nova Iguaçu, onde o trânsito ficou completamente parado. Do alto da Posse até o centro, pela avenida Roberto Silveira, o tempo médio gasto era de 1 hora. O mesmo tempo da Universidade Iguaçu até a esquina da rua Bernardino de Melo, com Dr. Thibau.
Chuva trava o trânsito de Nova Iguaçu
O trânsito nas ruas de Nova Iguaçu,que tem sido considerado como um dos mais congestionados da Baixada Fluminense, ficou muito pior desde a segunda-feira (05) e ontem, com as chvas que caem sobre a cidade, a situação se tornou um verdadeiro caos. “Quem chega, não sabe quando vai sair e quem sai não sabe quando vai chegar”, define Cláudio José Cavalcante, 40 anos, quando estava travado em um engarrafamento que começava no bairro Marco 2, na Estrada de Madureira, e se estendia até a rua Bernardino de Melo, no centro de Nova Iguaçu. Ele disse que, para fazer esse mesmo trajeto todos os dias, “o tempo médio gasto é de 1 hora”, reclama.
Do outro lado da cidade, para fazer o trajeto do bairro Alto da Posse, na altura da maternidade Mariana Bulhões, até a Via Light, o tempo gasto ontem foi de 1 hora, segundo um motorista (não identificado) da empresa de ônibus Linave. “Isso aqui é um inferno todos os dias, mas de ontem para hoje está muito pior”, reclama. Ainda segundo ele, muitos passageiros não tem paciência de esperar até o centro. “Muitos, quando o ônibus chega próximo ao Corpo de Bombeiros, abrem o guarda-chuva, descem e completam o percurso à pé até o centro”, comenta. “Isso aqui perece uma cidade sem governo, sem prefeito e sem comando”, recama a estudante Elza de Souza Vargas, 22 anos.
Motoristas reclamam da demora
A confusão também era grande em todas as transversais que ligam a rua Bernardino de Melo à perpendicular Humberto Gentil Barone. “Isso aqui não é o nó do trânsito, e sim o nó da incompetência de um governo ruim e de um povo que não sabe votar”, esbraveja o motorista Hilton Farias de Jesus (que não quis falar a idade),quando tentava chegar ao Hospital Nossa Senhora de Fátima para buscar um paciente. “Aqui é sempre assim, travado, todos os dias. Não tem governo, só tem sacanagem e corrupção. Essas transversais são todas congestionadas o tempo todo e ninguém faz nada”, critica Flávio Monteiro da Silva, 48 anos, na esquina da Barone com a rua Getúlio Vargas ( a rua dos Cartórios).
Tudo parado na Via Light
Já na Via Light, onde a dor de cabeça dos pedestres e motoristas é constantes, a situação nos dias de chuva é pior do que os outros dias. “Aqui para tudo para quem vem e para quem vai. Ou seja, tudo fica parado dos dois lados”, reclama Paulo Roberto Fonseca, 34 anos. “Entrei na Via Light lá pela rua do Colégio Leopoldo e ainda estou aqui cruzando a rua Dom Walmor, depois de 50 minutos. Não sei que horas vou conseguir atravessar o viaduto do extra (Dom Adriano Hipólito) para chegar até a faculdade (Unig)”, esbraveja o rapaz. Enfim, em pelo menos 24 ruas e transversais do centro de Nova Iguaçu, pelos dois lados, o trânsito está um caos. “A gente chega a permanecer 25 minutos sem andar um metro neste inferno de trânsito”, lamenta um motorista de táxi, na esquina da rua Getulio Vargas com Bernardino de Melo, ao lado da estação ferroviária.
–Banho de lama- Pedestres tambem ficaram irritados ontem, não apenas pela chuva fina, mas pelas poças de água nas ruas centrais da cidade. Os ‘banhos de lama’ foi cena comum ontem na rua Bernardino de Melo, Marechal Floriano Peixoto, Nilo Peçanha, Dom Walmor e muitas outras. Pois ao primeiro sinal de trânsito aberto, motoristas imprimiam mais velocidade, na intenção de avançar no trajeto. Nestas ocasiões, ao passar pelas poças de água, o banho era garantido em quem estava nos pontos de ônibus ou atravessando a rua. “Estes carar não tem coração e só pensam neles, não estão nem aí pra quem leva banho. E muitos ainda ficam sorrindo”, comenta dona Amélia Maria Rosa, 64 anos, depois de um baita ‘banho de lama’ em um ponto de ônibus na Bernardino de Mello.

Davi de Castro – davi.castro@jornalhoje.inf.br

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