Citroën C3: um carro de prós e contras

Fotos: Marcus Lauria

O Citroën C3 sempre foi um carro agradável, especialmente depois que ele passou por essa remodelação em 2012, cujo visual e conteúdo permanece praticamente inalterado até hoje. É um raro caso de carro que mantém o mesmo visual por tanto tempo, e isso é ao mesmo tempo bom e ruim.
Comecemos pelo lado bom olhando o C3 por fora. Esse é um carro que sabe envelhecer bem, seu visual traz linhas que remetem aos clássicos da Citroën e, com isso, permitem que o jeitão retrô do carro se mantenha bonito até hoje. Claro que a própria linha da marca francesa já passou por fortes mudanças em seu DNA, mas o C3 não sente tanto o peso da idade como sentiria um Palio 2012 por exemplo.
Seu estilo mais arredondado traz bom espaço interno nos bancos dianteiros, com sensação de amplitude realçada pelo apaixonante para-brisa Zenith, algo que os carros de outras marcas nem sonham em possuir. Na traseira falta um pouco de espaço, mas o porta-malas comporta bons 300 litros. A posição de dirigir é elevada, mas não há dificuldades para encontrar uma boa posição para braços e pernas.

Mais frugal

Fotos: Marcus Lauria

Debaixo do capô está o interessante motor 1.6 16V aspirado, que rende 115/118 cv @ 5.750 rpm de potência e 16,1 kgfm @ 4.750 rpm com qualquer combustível, mas o principal trunfo do C3 agora é o câmbio automático de 6 velocidades, que se entende bem com o motor e possui modo de condução econômico, esportivo ou normal, de acordo com a preferência do motorista. O novo câmbio deixou o C3 mais frugal, rendendo 10,9 km/l de gasolina na cidade e 13,2 km/l na estrada.
Com bom desempenho, o motor dá conta dos 1.202 kg do C3 sem dificuldade, mas está longe de entregar a esportividade vista em alguns concorrentes como Polo e Fiesta. De qualquer forma o C3 nasceu para ser confortável, e faz isso muito bem, com suspensões bem calibradas para o asfalto ruim e na medida certa para a estrada. O carro acelera bem e retoma com suavidade, sempre dentro do esperado para a sua categoria.

Fotos: Marcus Lauria

Mas há também o lado negativo de sua longevidade, e isso começa pela ausência de airbags laterais e controles de estabilidade. Seu painel tem visual antigo e a central multimídia tem apenas Apple CarPlay, ignorando o Android Auto. E seu ABS deixa a desejar em frenagens sobre superfície irregular e pouco aderente, como paralelepípedo molhado, aonde os freios não se entendem com a central do ABS e demandam atenção nas frenagens.
No geral, estamos falando de um bom carro, com boas qualidades para ocupar a sua garagem e que continua agradando mesmo depois de tanto tempo no mercado. Seu preço de R$ 65.490 é um pouco salgado, mas fica em torno de R$ 10.000 abaixo das versões topo de linha da concorrência. Se os pontos negativos não te incomodam tanto assim, ainda pode ser uma boa escolha.

*Ficha técnica:

Dimensões
Altura 1.521 (mm) 1,52 (m)
Largura 1.708 (mm) 1,71 (m)
Comprimento 3.944 (mm) 3,94 (m)
Peso (Kg) 1.202
Tanque (L) 1.202
Entre-eixos 2.460 (mm) 2,46 (m)
Porta-Malas (L) 1.202
Ocupantes 5

Mecânica
Câmbio automática com modo manual de 6 marchas
Tração dianteira
Direção elétrica
Suspensão dianteira Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão esquerda Suspensão tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas helicoidal.
Freios Dois freios à disco com dois discos ventilados.

*Dados do fabricante

Por Marcelo Silva

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