Draco faz operação contra milícia chefiada por PM


Agentes saem para cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma milícia Foto: Reprodução

Equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) fazem uma operação, na manhã desta quarta-feira, para desarticular uma milícia que atua em Mesquita, na Baixada Fluminense. O grupo criminoso é chefiado por um policial militar. O objetivo dos agentes é cumprir oito mandados de prisão — quatro contra PMs da ativa. Até as 8h40, sete pessoas haviam sido presas. O PM Márcio Lima Cunha, conhecido como Zebu, apontado como chefe do bando, é um dos detidos.

A ação conta com o apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público(Gaeco/MPRJ), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Estado de Segurança e da Corregedoria interna da Policia Militar (CIntPMERJ).

As investigações sobre a milícia começaram há dez meses, quando a Draco recebeu uma denúncia de que um grupo havia começado a praticar extorsões em Mesquita. A testemunha relatou que era obrigada a pagar R$ 1 mil semanais à milícia por cada uma de suas duas lojas. O dinheiro cobrado era em troca de uma suposta segurança.

Os investigadores logo identificaram Zebu. A testemunha se recusou a pagar a quantia exigida pelo bando e sofreu uma emboscada. Um amigo que a acompanhava morreu. A DHBF começou a investigar o atentado.

De acordo com o titular da Draco/IE, delegado Alexandre Herdy, o grupo é suspeito de explorar vários serviços:

“Além de cobrar pela taxa de segurança a residências e comerciantes, as investigações apontaram que havia a distribuição de sinal clandestino de TV a cabo, venda de água e de gás, exploração de transporte alternativo, liberação de vias para shows (pagodes), cestas básicas, empréstimos de dinheiro a juros e serviços de mototáxis.

 

error: Conteúdo protegido !!