Órgãos de segurança terão acesso a sensores que identificam carros no Rio

Além dos sensores, a cidade possui 900 câmeras de monitoramento, e as imagens produzidas por elas são enviadas aos órgãos competentes

Órgãos ligados à segurança pública do Rio de Janeiro terão acesso direto a informações sobre veículos que circulam pela capital por meio de um programa monitoramento apresentado ontem pela prefeitura do Rio. Com sensores e câmeras, o Monitora Vias identificará as placas dos veículos e vai repassá-las, por meio de uma ferramenta online, a órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência, o Ministério Público e o Gabinete de Intervenção Federal.
O prefeito, Marcelo Crivella, se reuniu na manhã desta quarta-feira com representantes de órgãos de segurança pública para apresentar o projeto. Detalhes sobre o funcionamento do sistema de sensores não foram divulgados à imprensa.
“A gente tem agora um programa com que dá para identificar placas de trânsito em toda a cidade e saber o trajeto dos carros”, disse Crivella. “Isso vai dar uma grande vantagem para os órgãos investigadores”.
Segundo a presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio), Virginia Salermo, o programa não teve custo alto, porque foi pensado inicialmente para o registro de multas.
Além dos sensores, a cidade possui 900 câmeras de monitoramento, e as imagens produzidas por elas são enviadas aos órgãos competentes. No caso de um homicídio, por exemplo, essas informações chegam à Delegacia de Homicídios.
Registros da morte de Marielle Franco
Uma reportagem publicada ontem pelo site G1 afirmou que a Polícia Civil não obteve imagens de quase metade das câmeras que estavam no trajeto percorrido pelo motorista Anderson Gomes e pela vereadora Marielle Franco (PSOL) antes de serem assassinados. Ao todo, havia 11 câmeras no percurso e cinco estariam desligadas.
Segundo a presidente da CET-Rio, a chuva e o vento no momento do crime podem ter tirado os equipamentos da posição correta para a captação de imagens.
O secretário municipal de ordem pública, Paulo Amêndola, afirmou que um problema como esse das câmeras “é normal acontecer. Um temporal, uma ventania, isso pode mudar a câmera de lugar”. Ele detalhou que o sistema conta com monitoramento e manutenção constantes, e um serviço 24 horas que encaminha essas imagens aos órgãos de segurança.

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