Chuva atrasa a vida de passageiros e piora trânsito de Nova Iguaçu

A Avenida Dr. Plínio Casado ficou completamente alagada, e morotistas tiveram dificuldade para circular
Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

As chuvas que caíram sobre o Rio na manhã de ontem transformaram o trânsito de Nova Iguaçu e a vida de motoristas, passageiros e pedestres em um verdadeiro inferno. Veículos ficaram travados em todas as ruas do centro e muita gente chegou atrasada no trabalho. Estudantes perderam a hora da entrada na escola, motoristas xingaram e, por causa dos carros nas poças d’água, muita gente tomou banho de lama.
Nos mesmos locais onde o trânsito fica parado todos os dias, principalmente nos cruzamentos das ruas centrais da cidade, o dia de ontem foi muito pior. A Estrada de Madureira parou total, nos dois sentidos, assim como a rua Bernardino de Mello e Humberto Barone. Do outro lado da linha férrea, tudo parou. A avenida marechal Floriano, Via Light e ruas Coronel Francisco Soares e Ataíde Pimenta de Moraes, deram um nó.
Cinquenta e quatro minutos foi o tempo gasto pelos ônibus e outros veículos, às 08:00h da manhã, para se locomover das proximidade de um shopping situado na Avenida Abílio Augusto Távora (Estrada de Madureira) até a rua Dr. Thibau, esquina com a rua Bernardino de Mello, no centro de Nova Iguaçu, ao lado da passarela do Caracol. Aqueles que precisavam seguir até a estação ferroviária, demoraram 1 hora 5 minutos neste trajeto. “Isso aqui é um inferno todos os dias, mas hoje está pior”, reclamava um motorista que transportava passageiros em uma van. “E não tem um agente de trânsito aqui para organizar a bagunça”, completava o motorista de ônibus, interagindo com o da van. “Miserável, filha de uma…”, berrou Márcio Lemos, 39 anos, quando a van deu uma arrancada para aproveitar um espaço na pista, passando dentro de uma poça de água, deixando o rapaz com a calça e camisa enlameadas.
Todos os ônibus lotados
Dona Virgínia Lucia, 47 anos, que trabalha em uma clínica médica, no centro de Nova Iguaçu, reclamava no interior de um ônibus da empresa Ponte Coberta. “Vou chegar atrasada de novo por causa desse inferno de trânsito”, criticava. Nervosa por causa do veiculo parado havia mais de 20 minutos sem andar um metro, ele desceu do ônibus e seguiu à pé. A mesma iniciativa fora tomada por muitos outros passageiros, de outros coletivos, pela mesma razão. “Estava de baixo de chuva, no ponto de ônibus. Na hora que dei o sinal com a mão, o motorista foi encostar bruscamente no ponto e bateu o pneu na poça de lama. E olha aqui minha roupa (calça e blusa manchadas de lama). Todos passavam lotados. Não pude esperar mais. E pra completar, estou atrasada”, reclama Virgínia.
Alunos foram prejudicados
A van que transporta o estudante Samuel Marcos, 11 anos, até o Colégio Leopoldo, ontem deixou o garoto à pé. “A moça telefonou dizendo que não ia dar prá busca-lo, pois o trânsito estava parado no centro. Tive de levar meu filho, que chegou atrasado á escola”, reclama Juliana Ramos, mãe do aluno. Alunos que moram no bairro Marco II, próximo ao Jardim Alvorada, também não tiveram dia de sorte ontem. “A gente vai à pé pra a escola, que é pertinho, ali perto da Unig. Hoje, aqui ó… (aponta a roupa) , todo mundo molhado e cheio de lama. Molhados já estávamos, por causa da chuva; e a lama foi um carro que passou, tentando ‘costurar’ o trânsito, e jogou lama em nós”, comenta Jefferson do Couto e Silva, 14 anos, que seguia com um grupo de colegas, molhados igual pinto na chuva.

por Davi de Castro – davi.castro@jornalhoje.inf.br

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