Moradores do ‘Minha Casa’ fazem manifestação em Nova Iguaçu

O governo do prefeito Rogério Lisboa tem sido marcado por manifestações de vários setores na porta da prefeitura de Nova Iguaçu. Os motivos geralmente são promessas não cumpridas durante a campanha eleitoral de 2016 ou serviços de responsabilidade da administração pública, não executados pelos bairros da cidade.
Exemplo disso aconteceu ontem de manhã com a manifestação de moradores da região do KM-32 da antiga Rio-São Paulo. Os manifestantes reivindicam o acabamento das obras do conjunto ‘Minha Casa, Minha Vidas’, e outras providências para que o local venha a ser habitável, com os direitos a que todos têm direito.
Moradores querem direitos iguais
Dezenas de moradores iniciaram caminhada pelas ruas do centro de Nova Iguaçu, com parada em frente ao Banco do Brasil, na Praça Rui Barbosa, e depois seguiram em direção à prefeitura de Nova Iguaçu. Munidos de faixas e cartazes, os manifestantes faziam um grande barulho, batendo panelas, vasilhas e gritando palavras de ordem cobrando serviços que cabe às autoridades, bancos dentro do projeto. Nos gritos de ordem dos manifestantes estavam também o nome do prefeito Rogério Lisboa, cujo governo é responsável pele sorteio e entrega de chaves do conjunto ‘Minha Casa, Minha Vida’ em Nova Iguaçu.
Eles reclamam que as condições do “Minha Casa” na região do Km-32 não estão nada habitáveis, alegando que muitos imóveis estão com as obras inacabadas e em outros o serviço “está porco (malfeito)”. Os manifestantes reivindicam, inclusive através de redes sociais, moradia decente, seguro habitacional, contratos, transporte escolar e a construção de muros. Durante o ato de protesto pelas ruas e até á prefeitura, eles diziam que os moradores estão enfrentando muitos problemas para sobreviver no conjunto habitacional, dentre eles a falta de iluminação em muitos blocos. Pedem ainda portaria, segurança e interfones, como nos outros condomínios. “Essa moradia não é de graça. Nós pagamos pelo imóvel, estamos cumprindo nosso compromisso e o governo tem de cumprir o seu papel”, dizia uma senhora, que não quis ser identificada.

Governo marcado por protestos

O inicio do governo do prefeito Rogério Lisboa foi marcado pela manifestação de professores e outros servidores, em protesto por causa dos salários atrasados. Em julho de 2017, mais manifestações sacudiram o governo, pedindo providências por causa do assassinato do soldado Fabiano Brito. Em outubro, atos de protesto reclamavam contra os gastos de R$ 20 milhões, sem licitação, com terceirização de serviços de segurança e de limpeza em unidades de saúde. Mais protestos de moradores da avenida Itapemirim, próximo à estrada de Iguaçu, contra os estragos causados pelas chuvas e as condições em que focaram as ruas da localidade. Reclamações semelhantes e manifestações foram feitas pelos por moradores do abandonado bairro de Lagoinha, também na região do KM-32. Para engordar ainda mais a lista de manifestações no governo do Lisboa, os taxistas da cidade percorreram ruas e estacionaram no pátio da prefeitura. Eles reivindicavam a legalização e o controle dos uber que circulam livres pela cidade. Na semana passada houve o protesto dos ambulantes que trabalham em ônibus. Porém, assim como os taxistas, eles não foram recebidos pelo prefeito Rogério Lisboa.

por Davi de Castro – davi.castro@jornalhoje.inf.br

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