PRB vai de Flávio Rocha para presidente

CARA NOVA – Executivo do Grupo Riachuelo é lançado como pré-candidato ao Planalto nas eleições de 7 de outubro
Paulo Lopes/Futura Press

O presidente-executivo da Riachuelo, o empresário Flávio Rocha, filiou-se na manhã da terça-feira (27) ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) no encontro realizado em Brasília e foi anunciado como pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2018.
A filiação de Rocha ao PRB é mais um sinal de dispersão da atual base de apoio do presidente Michel Temer (MDB), que na semana passada admitiu em entrevista que pretende concorrer à reeleição em outubro.
O empresário teve sua filiação abonada pelo presidente da legenda, Marcos Pereira, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Comércio Exterior na gestão de Temer, em ato realizado na liderança do partido da Câmara com a presença de deputados e senadores da legenda.
Em entrevista à Reuters na semana passada, Rocha havia dito que seria candidato a presidente e que estava conversando com seis partidos para definir sua filiação. Disse ainda que pretende preencher um vazio na política brasileira e entende que pode ser o representante do neoliberalismo na economia e do conservadorismo nos costumes.
“Esse candidato liberal na economia e conservador nos costumes, comprometido com as reformas para (o Brasil) voltar a ser competitivo é o candidato que está faltando… esse é o espaço que pretendo preencher”, disse o empresário, na ocasião.
Com a anunciada candidatura de Rocha, aumentam o número de pretensos postulantes ao Planalto que orbitam no campo do centro para a direita: além dele e Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o deputado Jair Bolsonaro (PSL).

Ministro do STF deixa Demóstenes
Torres livre para concorrer

Com a decisão liminar de Dias Toffoli, o ex-senador Demóstenes Torres poderá concorrer ao Senado nas eleições deste ano
Antonio Cruz/ABr

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu ontem (27) uma liminar (decisão provisória) em que permite ao ex-senador Demóstenes Torres concorrer ao Senado nas eleições deste ano.
Demóstenes foi cassado em outubro de 2012 pelo plenário do Senado, sob a acusação de ter se colocado a serviço da organização criminosa supostamente comandada pelo empresário Carlos Cachoeira, conforme apontavam as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo.
Em abril do ano passado, entretanto, a Segunda Turma do STF, da qual Toffoli faz parte, concedeu um habeas corpus a Demóstenes e anulou escutas telefônicas que foram utilizadas para embasar o processo de cassação do parlamentar. Na ocasião, foi determinado também a reintegração do ex-senador ao Ministério Público de Goiás, no qual ingressou em 1987.
Com a decisão do habeas corpus, o ex-senador pediu neste ano que fosse restituído seu mandato, bem como que fosse afastada sua inelegibilidade. O relator, Dias Toffoli, não considerou plausível a volta dele ao cargo, mas diante da proximidade das eleições, deferiu o pedido para que ele concorra no pleito, antes que o mérito da questão seja julgado pela Segunda Turma.
Para embasar a urgência, Toffoli lembrou que, de acordo com as normas vigentes, para concorrer a cargo eletivo Demóstenes precisa se afastar de suas funções como procurador seis meses antes da eleição, ou seja, no próximo dia 07 de abril. “A iminência do encerramento do prazo para que Demóstenes Torres adote providências que constituem critério legal a sua participação nas eleições de 2018 justifica o provimento liminar para, em sede cautelar, afastar o efeito da Resolução nº 20/2012 do Senado Federal relativamente ao critério de inelegibilidade”, escreveu o ministro. (Agência Brasil)

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