Polícia Civil cumpre 12 mandados de prisão por roubo de carga no Rio

 

Suspeito é detido em operação da Polícia Civil contra roubo de cargas Foto: Reprodução

A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) da Polícia Civil e o Ministério Público do Rio deflagraram, na manhã desta quarta-feira, uma operação contra uma quadrilha de roubo de carga do estado. Os agentes cumprem 12 mandados de prisão preventiva de integrantes do grupo criminoso. Até as 8h48, seis pessoas haviam sido detidas.

O delegado Delmir Gouvea, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), informou que uma pessoa foi baleada na operação, Vila Aliança. Na mesma comunidade, foi preso um casal acusado de adquirir produtos roubados por bandidos e revender para camelôs da cidade.

Acusados de formarem a quadrilha para obter vantagens ilícitas com roubos de carga na Zona Norte do Rio, os 12 alvos da operação foram denunciados pelo MP-RJ por organização criminosa e financiamento do tráfico de drogas.

Pelo menos desde meados de 2017, o grupo atuava junto com uma facção criminosa do Rio e dividia parte dos lucros dos roubos com os traficantes. Em contrapartida, tinham o controle territorial das favelas Pica-pau, Dick, Ficap e Furquim Mendes para retirar os produtos roubados. A denúncia ainda ressalta que a quadrilha pagava agentes de segurança pública do estado para evitar prisões em flagrante.

Alguns integrantes da quadrilha eram responsáveis pelo roubo das cargas. Os outros alertaram uma rede de distribuição sobre as mercadorias disponíveis para negócio. Parte dos denunciados guardava produtos roubados em casa e os anunciava nas redes sociais.

“São os próprios traficantes que contatam os demais integrantes da quadrilha, responsáveis por comercializar as mercadorias roubadas, para revendê-las a pequenos mercados de bairro, restaurantes e até mesmo dentro de composições ferroviárias”, ressaltou Gouvea.

Comerciantes e camelôs de várias regiões da cidade tinham contato com a quadrilha, que também contratava ambulantes e os pagava diárias para vender produtos oriundos de roubo.

“Foi um trabalho intenso por mais de seis meses, que incluiu escutas telefônicas autorizadas pela Justiça”, explicou o promotor de Justiça Alexandre Themístocles, titular da 6ª PIP.

A Fetranscarga aponta os alimentos, as bebidas, os medicamentos, os eletrônicos, os produtos farmacêuticos e as autopeças como os produtos mais visados pelos criminosos. De janeiro a novembro do ano passado, houve 9,4 mil roubos de carga, que se tornaram fonte de renda do tráfico de drogas em várias favelas cariocas.

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