Caos no trânsito de Nova Iguaçu continua

Motoristas enfrentam congestionamento desde a Unig até o bairro Juscelino
Davi de Castro/Jornal de Hoje

O trânsito caótico, desordenado e engarrafado continua sendo um dos maiores tormentos da população e dos motoristas em Nova Iguaçu. As reclamações são muitas, sem nenhuma providência por parte da prefeitura.
Ao cair da noite tudo fica parado, desde a Universidade Iguaçu (Unig) na Estrada de Madureira, até o bairro de Juscelino, provocando um engarrafamento de três quilômetros. O mesmo ocorre na Via Light, do outro lado da cidade.
Quem circula todos os dias pelo centro de Nova Iguaçu, seja entre as 7h e 9 h, ou das 18h às 21h, já sabe que, se tiver em qualquer veículo, exceto motocicleta, vai ficar travado no meio da rua. O drama dos motoristas é o mesmo, seja nas avenidas ou ruas responsáveis pelo escoamento do trânsito, como a Marechal Floriano Peixoto e Via Light ou a rua Bernardino de Melo e Humberto Gentil Barone, dos dois lados da cidade. Com o fechamento do viaduto padre João Musch, que estava com a estrutura comprometida, correndo o risco de desabamento, a situação ficou ainda pior. Os viadutos Hélcio Chambarelli, sobre a linha férrea, no bairro Caonze, e o bispo Dom Adriano Hipólito, no bairro Chacrinha, não conseguem dar fluência ao trânsito. Os pedestres também sofrem porque os sinais destinados a eles não são respeitados. “Isso já passou dos limites e se tornou uma grande vergonha”, reclama Luzia dos Santos Rosa, 31 anos.
Ônibus pioram a situação
O motorista Paulo Roberto de Araújo, 30 anos, disse que a situação é sempre a mesma para quem anda de carro pelo centro ou periferia do centro e não tem mais a quem recorrer. “Xingar o prefeito (Rogério Lisboa) não resolve, pois ele não está nas ruas, nestes horários, para ouvir o que o povo fala. Não temos o que fazer. Só resta ficar parado esperando esta m… andar”, esculacha. “A falta de opção para se criar um corredor só de ônibus, dos dois lados da cidade, parece coisa impossível de se pensar”, aponta Gervásio Corinto da Silva 40 anos, quando estava travado, na noite de quarta-feira (03), próximo à passarela do caracol, na rua Bernardino de Melo, em um engarrafamento. “Esse inferno começa ali na Universidade (Unig) e não sei onde vai parar”, reclamava, sem saber que o caos era até o bairro de Juscelino.
Risco de atropelamentos
Para Marta Gouveia Moreira, 35 anos, “em uma cidade sem lei e ordem, todos pagam o pato”, critica. “Quase fui atropelada ali no cruzamento do antigo Fórum (rua Paulo Fróes Machado), pois os motoristas não tem paciência e disputa com os pedestres a travessia, sem respeitar o sinal vermelho”, frisa. A filha Camila, completa. “Eles estão parados aí há muito tempo, no engarrafamento e tem pressa de andar pelo menos um metro”, brinca. “Muitas pessoas já foram atropeladas aí nesta travessia de pedestres por causa disso”, comenta uma mulher que atravessou ás pressas e subia a passarela da estação ferroviária, para viajar de trem como destino a Nilópolis. “Sempre vou de ônibus, mas hoje está parado demais”, comenta ela ao Jornal de Hoje, sem querer se identificar.

por Davi de Castro – davi.castro@jornalhje.inf.br

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