O que a humanidade mais necessita? (Parte II)

*Carlos B. González Pecotche

Não se há de esquecer que foram sempre uns poucos, em relação ao número de seres humanos que povoam a Terra, os que tiveram a responsabilidade de guiar os homens pelo caminho que devia conduzi-los ao cumprimento de seus fins mais elevados. De modo que o peso dessa grande responsabilidade recaiu, em todas as épocas, sobre esses poucos que tiveram de pensar pelos demais. Pois bem; não teria chegado a tempo de essa responsabilidade ser compartilhada por um número maior de seres, e de aumentar a cada dia o número dos que pensam e dos que colaboram em tão magno trabalho?
A resposta surge afirmativa. Chegou o momento de toda a humanidade ser mais consciente de sua própria existência e de tudo que lhe pertence em razão de sua primordialíssima função civilizadora. Cada integrante da espécie humana deverá alcançar, no futuro mais próximo, essa consciência, que muitas vezes o chamará à reflexão; consciência de seus deveres para consigo mesmo, no que diz respeito à inquestionável necessidade de uma superação de seus valores individuais; consciência de seus deveres para com a família e para com a sociedade.
É sabido que o despertar da consciência não se produz em todos do mesmo modo. Nas mentes cultivadas, ou habituadas a certas disciplinas, esse despertar surge como uma eclosão de luz que ilumina uma nova e mais ampla fase da vida, a de maior transcendência. Já na mente que não têm cultivo, promove-se em tímidas manifestações de compreensão, que somente alcançam sua culminação quando chegam às condições de aptidão exigidas por tão importante acontecimento.
A liberdade, que é fundamento essencial da vida, forma o vértice do triângulo cuja base repousa no dever e no direito.
A era que se inicia será, pois, a era da responsabilidade; a dos deveres e dos direitos; vale dizer, terá chegado o momento de começar definitivamente a era da evolução consciente.
Já se viu muito claramente como o pensamento dos grandes estadistas, bem como das opiniões reitoras que tornam público o critério que se forma entre as massas, veio se modificando nos últimos tempos. Todos concordam que o mundo deve ser conduzido por caminhos mais retos, mais justos e mais amplos, nos quais a dignidade humana encontre suas expressões mais puras e elevadas.
A liberdade, que é fundamento essencial da vida, forma o vértice do triângulo cuja base repousa no dever e no direito. Perante este temário que plasma a síntese da responsabilidade humana, será preciso erguer a consciência dos homens e fazer com que ela se manifeste em todo o seu esplendor e na sua potência máxima.
O futuro da humanidade depende dessa realização. Nela encontrará a chave que assegurará a paz sobre a Terra.

*Autor da Logosofia – Carlos B. González Pecotche – Centro de Difusão e Informação de Nova Iguaçu – CDIL – NI

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