Militares não atuaram durante a madrugada contra roubos de carros

Rodovia Washington Luiz, próximo ao acesso para a Linha Vermelha, nesta madrugada. Mais cedo, militares trabalhavam no local

Horas depois da operação conjunta das forças de segurança ter sido iniciada no Rio, não havia militares realizando patrulhamento no município e na Região Metropolitana. Ao menos foi esse o cenário encontrado pela reportagem durante a madrugada desta sexta-feira. Batizada de Dínamo, a ação — que contou com as Forças Armadas, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, além das polícias Civil e Militar — foi deflagrada na noite desta quinta-feira, com o objetivo de combater o roubo de veículos.

Durante esta madrugada, a reportagem percorreu diversos pontos da Região Metropolitana do Rio. Na Linha Vermelha, havia blitz da PM na altura do acesso para a Rodovia Washington Luiz, na pista sentido Centro. Não muito longe dali, já na rodovia, não havia militares posicionados na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Horas antes, uma equipe que integrava a operação realizava o trabalho no local.

Na Linha Amarela, havia patrulhamento semelhante aos dias normais, com veículos da corporação posicionados, por exemplo, na chegada à Zona Oeste, e outro circulando pelo traçado no sentido Barra da Tijuca, próximo ao Shopping Nova América, em Del Castilho, na Zona Norte.

Além das linhas Amarela e Vermelha e da Rodovia Washington Luiz, na altura de Duque de Caxias, a reportagem também passou pela Rodovia Presidente Dutra, no trecho que corresponde ao município de São João de Meriti. A exemplo dos outros locais, naquele trecho também não havia sinal da operação conjunta das forças de segurança durante a madrugada.

Na Avenida Brasil, a partir do trecho de Irajá, outra blitz da PM era realizada na altura do acesso para a Linha Vermelha, no sentido Centro. Outro carro da corporação também circulava próximo ao Complexo da Maré. Na Tijuca, onde, na noite de quinta-feira, havia a presença de militares, também não foram encontrados militares. O percurso realizado pela reportagem aconteceu no período entre a meia-noite e 3h desta quarta-feira.

Conforme informou mais cedo a Secretaria estadual de Segurança, as áreas de atuação tem como base a mancha criminal do roubo de veículos, nas zonas Norte, Sul, Oeste, Baixada Fluminense e São Gonçalo. Para delimitar esses pontos, os agentes utilizaram os dados do ISPGeo, ferramenta de análise criminal usada pelo Instituto de Segurança Pública. Ainda conforme destacou a pasta, a ação “é dinâmica, pode ocorrer em diversos períodos do dia e não tem prazo para terminar”.

A secretaria informou ainda que o planejamento operacional das forças de segurança baseado na análise das manchas criminais é imprescindível para “otimizar os recursos disponíveis e tornar o policiamento mais eficaz para respostas rápidas aos problemas de criminalidade”.

Mais cedo, em entrevista ao RJTV 2º edição, da Rede Globo, o secretário de segurança Richard Nunes explicou que as ações serão “imprevisíveis”:

— Essas operações serão realizada conforme planejamento baseado na mancha criminal, produzida pelo ISP com base em uma ferramenta de georreferenciamento. Com isso, nós sabemos qual é o local e o momento mais adequados para aplicar essa força. (As operações) serão imprevisíveis. Nós vamos definir o momento e o local. Não necessariamente uma (uma ação) diária. Vamos atuar conforme os dados estatísticos que possuímos — disse o secretário.

Em fevereiro – dados mais recentes divulgados pelo ISP – o roubo de veículos aumentou 11,8%. Foram 4.792, uma média de sete casos por hora ou 171 por dia em todo o estado. Somando os dados de janeiro e fevereiro, o Rio registrou 1.586 casos a mais que no ano passado. Só na capital foram 2.364 crimes do tipo no mês de fevereiro, 342 a mais. As delegacias da Grande Niterói registraram mais 95 roubos. Nas

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