Descaso da prefeitura pode causar tragédia na Estrada de Madureira

Queda de encostas de cimento do Valão do Bairro Dom Rodrigo pode causar grande tragédia na Estrada de Madureira
Davi de Castro/Jornal de Hoje

A falta de providências da prefeitura de Nova Iguaçu poderá causar uma grande tragédia na Estrada de Madureira. A força da correnteza que desce da Serra já arrancou as encostas de cimento do Valão do Dom Rodrigo, que passa por baixo da via. Moradores acreditam que a força das águas poderá arrancar tudo por baixo da pista e levar o asfalto, veículos e pessoas.
A passagem de pedestres e de veículos por um dos lados do Valão, que era de 4 metros, agora tem apenas 2,5 metros no máximo, tornando mais perigoso, a cada dia, o acesso ao bairro, pela Estrada de Madureira. Reclamações de moradores foram feitas há bastante tempo, por mais de uma vez, mas até agora nenhuma providência fora tomada pela prefeitura.
O valão desce da Serra de Madureira e passa por baixo da Estrada do mesmo nome, na altura do número 2.467, próximo da Universidade Iguaçu (Unig). Daí divide a rua Nossa Senhora das Graças em dois lados. Com o volume de água da correnteza serra à baixo, a encosta de cimento desabou e está desmanchando um dos lados da rua. Acostumado a passar pelo local há mais de 40 anos, seu Leocádio Nunes de Oliveira, 63 anos, disse que não se arrisca mais passar com seu veículo.
“Com a queda da encosta, provocada pela força das águas que descem da Serra de Madureira, a rua também está sendo levada aos poucos pelas correntezas das últimas chuvas”, lembra o morador. “Eu e um grupo de pessoas, logo após a queda da encosta, relatamos tudo lá na prefeitura, mas ninguém nunca compareceu aqui”, lamenta. “Antes, dava pra passar um carro e agora é um perigo só. Caminhão de entrega, nem pensar. Com o pedacinho de rua que sobrou, é arriscado passar até de bicicleta”, avalia seu Leocádio.
Risco de tragédia na pista
O Valão do Dom Rodrigo corta um trecho bem movimentado da avenida Abílio Augusto Távora (Estrada de Madureira). Ao lado dele, clientes de uma loja de serviços mecânicos avaliam que “por mais leve que seja o veículo, ao passar na lateral do valão, em dias chuvosos, pode forçar o terreno e provocando o deslocamento da terra sob o veículo, que irá despencar dentro do valão”, comenta um deles. “E se for um dia de chuva forte, com o valão cheio, o carro será levado pelas águas”, acredita o motorista Sinésio de Oliveira, 44 anos. “A lateral dessa rua, que era de uns 4 metros, agora não passa de 2,5 metros”, aposta o morador Jonas Rodrigues, 25 anos. Para outros moradores das imediações, “os políticos só vão cuidar disso aqui e tomar providências quando a correnteza levar a terra da Estrada de Madureira, por baixo do asfalto, a pista desmoronar e provocar uma tragédia”, avalia Paulo Roberto Martins, 30 anos. “Aí vão dizer que a natureza foi culpada e não o descaso de governantes”, critica o morador.

por Davi de Castro – davi.castro@jornalhoje.inf.br

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