Polícia prende 13 suspeitos em operação contra milícia na na Baixada

Material apreendido na operação Foto: Divulgação

A operação Negócios Paralelos, desencadeada na manhã desta quinta-feira, resultou na prisão de 13 suspeitos de integrarem um grupo paramilitar que atuaa na Zona Oeste do Rio e na Baixada Fluminense. Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco/IE) — com apoio da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, das delegacias de Homicídios da Capital e da Baixada Fluminense (DHBF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-RJ) — estiveram na localidade conhecida como Jesuítas, em Santa Cruz, e também no município de Nova Iguaçu.

Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera e alvo principal da ação, não foi localizado pelos policiais. Ele é apontado como o chefe da milícia que age em Santa Cruz e, nos últimos anos, expandiu sua atuação para Nova Iguaçu e Seropédica, na Baixada. Na manhã do último dia 7, três homens que seriam seguranças de Danilo — Anderson Santos, o Cheetos; Márcio Martins, o Tui; e Felipe Oliveira, o Cumbaca — foram mortos numa troca de tiros em um sítio de Santa Cruz, numa operação que acabaria resultando na prisão de 159 pessoas. O próprio Danilo, contudo, conseguiu fugir.

Dos 22 mandados de prisão preventiva que a Draco pretendia cumprir hoje, cinco eram referentes a suspeitos já detidos na mesma ocasião, no sítio em Santa Cruz. Além disso, os agentes também cumpriram 25 mandados de busca e apreensão. Na casa do ex-soldado da Marinha Julio Barros Moreira, preso em Nova Iguaçu, foram encontrados fardamentos militares, coletes balísticos, rádios-comunicadores, dinheiro, jóias e anotações. No local, havia ainda um porrete com a inscrição “matar ladrão e estuprador”. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Santa Cruz e pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.

De acordo com as investigações, a quadrilha comandada por Danilo Dias Lima tem como principais fontes de renda a exploração de comerciantes, através da cobrança da “taxa de segurança”, o monopólio da distribuição de cigarros contrabandeados, a exploração clandestina do sinal de TV a cabo e a comercialização de botijões de gás. A operação resultou ainda na recuperação de dois veículos roubados (um Renault Duster e um Ford Ka).

As investigações da Draco começaram em junho de 2017 a partir de uma diligência realizada na comunidade KM 32, em Nova Iguaçu, quando milicianos atacaram a tiros os policiais. Na ocasiãio, foram apreendidos no local 15 veículos clonados e quatro armas de fogo, além de rádios comunicadores e coletes balísticos utilizados pelos criminosos.

 

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