Menina de 11 anos é atingida por bala perdida dentro de escola na Zona Norte

Parente segura imagem de radiografia da menina que mostra o projétil alojado Foto: reprodução

Maria Gabriela Sathler é uma aluna dedicada que tira notas boas, segundo a descrição de parentes. Aos 11 anos, ela cursa o 6ª ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Espírito Santo, no bairro Cavalcante, na Zona Norte do Rio. E foi justamente dentro da unidade escolar que a menina foi atingida por uma bala perdida na tarde desta quarta-feira. De acordo com a família, ela se preparava para a aula de Educação Física na quadra do colégio e brincava com uma amiga, quando foi atingida por um disparo no braço direito.

Funcionários da escola entraram em contato com a família, que a levou para o Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, também na Zona Norte. Por volta das 23h, lúcida, ela entrou para a sala de cirurgia para fazer a retirada do projétil, que estava alojado no braço. Maria Gabriela deve receber alta nesta sexta-feira, segundo a família.

— Ela foi para a quadra, localizada nos fundos da escola. Ela começou a brincar de roda com a coleguinha. Ela disse que escutou um barulho e, em seguida, sentiu uma queimação no braço. Começou a doer, e o professor a levou para a secretaria — disse a mãe da menina Tatiana Sathler.

De acordo com a mãe, os funcionários da escola não perceberam, em um primeiro momento, que a menina havia sido atingida por uma bala perdida. Pensaram se tratar de “um machucado” e não chamaram ambulância. A família que levou a criança até a unidade hospitalar. Os parentes detalharam ainda que saía sangue pelo local da perfuração e que havia manchas “roxas” no braço da menina.

— Minha filha tem 11 anos, não deixo ela sair (com medo da violência). Às vezes, as pessoas até falam que ela precisa andar por aí. Moro num apartamento, no segundo andar, nem na padaria eu deixo ela ir sozinha. Nunca deixei. Na escola, local onde a gente acha que nossos filhos estão protegidos, não poderia imaginar que algo assim pudesse acontecer — acrescentou Tatiana.

— Depois que eu a vi ferida. Pensei em apenas trazê-la para o hospital. Quando soube que era bala perdida, entrei em desespero. Os policiais falaram com a gente aqui dentro (do hospital). Mas depois temos que ir na delegacia (23ª DP, no Méier ) — acrescentou Tatiana.

De acordo com moradores, havia tiroteio naquela região no período da tarde. No entanto, ainda não há informações sobre a origem dos disparos.

De acordo com o comando 9º BPM (Rocha Miranda), não houve operação no Juramento nesta quarta-feira. O batalhão informou que não foi acionado para a ocorrência da estudante ferida na escola.

 

error: Conteúdo protegido !!