JAC aposta no T6 para embalar vendas no Brasil

Foto:  Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

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A JAC já está presente no Brasil há quatro anos, mas ainda sofre com o preconceito de muitos consumidores à origem chinesa da marca. Para tentar conquistar uma fatia maior de público, a fabricante decidiu apostar no segmento que mais cresce no país e no mundo: os utilitários esportivos. Por isso, em junho desembarcou no país o seu T6. E adotou a mesma estratégia de quando começou a vender seus carros por aqui: oferecer mais por menos. Desta vez, nem tanto no quesito tecnológico, já que a própria legislação brasileira avançou – itens como airbags frontais e freios ABS são obrigatórios – e os modelos do segmento são vendidos em versões mais completas. A JAC investiu na ideia de ter um utilitário esportivo com preço de compacto e espaço de médio em uma versão única, apenas com dois pacotes extras de opcionais.
Desenvolvido no Centro de Design da JAC Motors em Turim, na Itália, o T6 tem dimensões maiores que todos os novatos concorrentes. Perde apenas para o Renault Duster na distância entre-eixos – são 2,64 metros contra 2,67 m. O modelo chinês tem 4,47 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,67 m de altura. Outro detalhe que chama atenção é o bom espaço de seu porta-malas, com capacidade para transportar 610 litros com todos os bancos levantados.

Foto:  Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

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Apesar da queda no mercado automotivo nacional, as aspirações da JAC são grandes. A marca planeja conseguir 1% do mercado brasileiro total de SUVs e emplacar cerca de 400 unidades por mês neste ano. Uma marca que pode parecer baixa, mas não é, diante da forte concorrência que enfrenta neste segmento. Por se tratar de uma categoria em que o conforto e a aptidão familiar são os principais pontos de atração do público, a fabricante acredita que aproximadamente 90% de todas as unidades comercializadas estarão posicionadas na versão mais cara do utilitário esportivo, com todos os packs de opcionais.
A JAC separa o T6 em três pacotes de itens. O primeiro, mais básico, inclui rodas de 17 polegadas em aço com calotas, ar-condicionado, direção e trio elétricos, freios a disco nas quatro rodas, monitoramento de pressão dos pneus, computador de bordo, sensores de estacionamento traseiros e rádio com CD/MP3 e entrada USB. Com esses equipamentos, o T6 custa R$ 69.990. O preço pula para R$ 73.990 com central multimídia – bem completa, por sinal –, rodas de liga leve, chave com destravamento remoto das portas, luzes de setas nos retrovisores, barras longitudinais no teto, faróis e lanternas de neblina, acendimento automático dos faróis, maçanetas e frisos laterais cromados e retrovisores com rebatimento elétrico, entre outros itens. Câmara

Foto:  Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

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de ré, chave canivete e revestimento sintético nos bancos e no volante multifuncional fazem esse valor pular para R$ 75.990.
Sob o capô, o T6 recebe um motor 2.0 litros flex com comando de válvulas variável. O propulsor é capaz de fornecer 155 cv e 20 kgfm de torque quando abastecido com gasolina. Com etanol no tanque, os números sobem para 160 cv e 20,6 kgfm de torque. O resultado é um zero a 100 km/h em 12,2 segundos e velocidade máxima de 186 km/h. Por enquanto, o modelo está disponível apenas com transmissão manual de cinco marchas. De acordo com a JAC, a versão automática só chega ano que vem, aliada a um motor 2.0 litros turbinado. Se a marca seguir com a proposta de praticar preços competitivos com o novo trem de força, talvez consiga, de fato, incrementar suas vendas no país. Porque nos primeiros dois meses de vendas cheias, o T6 emplacou menos da metade do que a JAC deseja – ficou perto de 170 exemplares mensais.

 

 

 

por Márcio Maio
Auto Press

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