Temer diz que sensação de segurança no Rio aumentou

Um dia após um intenso tiroteio entre policiais e traficantes ter fechado totalmente a Linha Amarela e deixado motoristas e moradores em pânico, o presidente Michel Temer disse, na manhã desta sexta-feira, que a sensação de segurança no Rio aumentou desde o início da intervenção federal, em fevereiro.

– Para dar resultado (a intervenção) leva sete, oito meses, às vezes até um ano, mas começou a dar resultado principalmente na sensação de segurança – disse Temer durante palestra para estudantes de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo.

O presidente citou como exemplo a Vila Kennedy, escolhida para ser modelo na intervenção federal. Segundo Temer, a atuação da Polícia Militar e forças armadas “cuidaram de pacificar um pouco” a comunidade. Moradores, no entanto, afirmam que traficantes armados voltaram a circular pelas ruas à noite.

Temer defendeu que é preciso divulgar os resultados das ações da intervenção federal, segundo ele, uma ousadia do seu governo, uma vez que administrações anteriores deixavam a segurança pública para os estados.

– É isso que precisa ser dito, redito, afirmado e reafirmado, por todos os caminhos e descaminhos, porque as pessoas têm uma concepção adversa do que eu estou dizendo.

Temer chegou ao evento, inicialmente marcado para 10h45, com mais de uma hora de atraso e falou por cerca de 40 minutos.

Em seu discurso, o presidente contestou também os dados que o número de desemprego cresceu no país. Ele argumentou que aumentou a quantidade de pessoas procurando emprego e isso impacta no levantamento do IBGE. Na mais recente pesquisa do instituto, o desemprego no país foi de 13,1%, em média, no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 11,8% em relação aos três últimos meses de 2017.

– Não é que o desemprego aumentou. Com a melhora da economia, aqueles que estavam desalentados começaram a procurar emprego – disse.

Apesar de um espaço montado para uma entrevista coletiva, Temer saiu sem dar entrevistas e comentar sobre o depoimento de sua filha Maristela Temer à Polícia Federal sobre as suspeitas de que a reforma em sua casa tenha sido pago com dinheiro de propina ao presidente.

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