Falta de apoio do PSB teria levado Joaquim desistir de candidatura

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciou em seu perfil oficial no Twitter que não pretende concorrer à Presidência nas eleições deste ano. “Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal”, disse o ministro aposentado.
Barbosa, que filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) no início do mês passado, apareceu em quarto lugar na última pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 11 e 13 de abril, com 8% das intenções de voto. Ele ficou atrás do ex-presidente Lula (31%), Jair Bolsonaro (15%) e Marina Silva (10%).
Sem Lula
No cenário sem Lula, o ex-presidente do STF sobe para a terceira posição, com 9% das intenções de votos – empatado com Ciro Gomes. Desde a filiação de Barbosa, uma eventual aliança com a ex-senadora Marina Silva foi considerada. Ainda assim, a pré-candidata da Rede negou a aproximação. “Ainda que uma figura como o Joaquim Barbosa venha para a política e possa contribuir, sim, temos que olhar para a estrutura institucional que está sendo pensada, para que a renovação não seja apenas nominal”, disse Marina em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Motivos da desistência
O ex-ministro não chegou a declarar falta de apoio dentro do partido que se filiou. Porém, analistas políticos fazem diversas ponderações. Deles várias fotores que poderiam ser arrolados como motivos da desistência de Joaquim Barbosa, alguns ganham mais destaque: um grupo do PSB aposta na candidatura de Ciro Gomes (PDT), e outro em Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto a cúpula do PSB estaria apaixonada pelo PT. Assim, parece que o ex-ministro julgou mal a escolha do partido ou foi induzido a ser enganado.

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