Rocinha não registra tiroteios durante a madrugada

Após um dia em que foram registrados intensos confrontos na comunidade da Rocinha — um policial militar foi atingido na cabeça e não resistiu aos ferimentos durante o fogo cruzado — , não aconteceram novos tiroteios durante a madrugada desta quinta-feira. A informação é da Polícia Militar. De acordo com a corporação, o policiamento continuou reforçado na região, com homens do Batalhão de Choque (BPChq), além de militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

No período da tarde, um intenso confronto ocorrido na Rocinha deixou um policial militar morto e duas pessoas feridas, entre elas um PM. Os disparos começaram por volta das 15h, e, pouco antes das 17h, a Autoestrada Lagoa-Barra teve que ser fechada nos dois sentidos. A via só foi iberada às 18h20m e, segundo o Centro de Operações da prefeitura, às 18h45m o tráfego ainda apresentava lentidão, tanto em direção à Barra quanto para o Leblon, nos acessos ao Túnel Acústico e na chegada à Avenida Niemeyer. Uma opção entre a Zona Sul e a Barra é usar a Linha 4 do Metrô. Por volta das 19h30m, parte da comunidade estava sem luz.

Segundo testemunhas, o confronto foi entre traficantes e policiais militares do Batalhão de Choque. O sargento Anderson Luiz Rosa da Conceição foi baleado na cabeça e não resistiu ao ferimento. O policial, de 40 anos, estava na corporação há 16 anos e deixa mulher e quatro filhos. Ele é o 46º PM morto no estado este ano. O soldado Janddré Dias Silva, ferido na perna direita, foi socorrido no Hospital Central da Polícia, no Estácio, e liberado pelos médicos.

Além dos militares, um morador foi baleado no pescoço e levado por vizinhos para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. Cristiano de Oliveira Santana, de 29 anos, estava dentro de casa e, ao colocar a cabeça para fora de uma janela, acabou atingido de raspão. Após receber alta, a vítima foi para a delegacia prestar depoimento.

 

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