Operação mira traficantes responsáveis por roubos de motos e cargas na Baixada

Policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) deflagraram, nesta terça-feira, a Operação Metastase II, que visa a desarticular uma quadrilha de traficantes e ladrões de motos e cargas que atua na Baixada Fluminense. A ação — que acontece em conjunto com a 55ª DP (Queimados) e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) — acontece nos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo e Magé, na Baixada, e também na capital. Até as 8h, 14 pessoas haviam sido presas.

A operação é um desdobramento do inquérito que investiga uma organização criminosa ligada a traficantes das comunidades Parque União e Nova Holanda, no Complexo da Maré. na Zona Norte do Rio. Segundo o delegado Felipe Curi, titular da Dcod, durante a investigação, iniciada há cerca de um ano, foi descoberto que os criminosos agiam aliciando menores de idade para atuarem na linha de frente do tráfico. Já as mulheres são cooptadas para fazerem o transporte de armas e drogas.

— Identificamos que a estratégia deles era usar menores tanto para a venda de drogas como para enfrentar a polícia. Os criminosos passaram ainda a cooptar pessoas sem anotações criminais, principalmente mulheres, que serviam para fazer o transporte das drogas e armas entre as comunidades do Rio para a Baixada — disse o delegado.

Durante as investigações os agentes identificaram que o bando atuava em dois pontos. Um deles é a Praia de Mauá, em Magé, comandado pelo traficante Charles Jackson Neres Batista, o Charlinho do Lixão. O outro é na Maré, onde os bandidos agiam em parceria com traficantes de Duque de Caxias.

A investigação também identificou Alexandre Carlos Ferreira do Nascimento Junior, o Mudinho ou MD, Fabrício Henrique Gomes do Nascimento, o Play, e Julio Cesar Dias Andrade, o Puff, como responsáveis pela morte do atleta de handebol George Felipe da Silva Pereira. O jogador foi assassinado durante uma tentativa de roubo de sua moto, em Duque de Caxias.

— Nós verificamos que esses criminosos agem incentivando o roubo de cargas na Baixada Fluminense. Eles fornecem armas para os ladrões em troca de parte das cargas roubadas – informou Curi.

Os indiciados responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de armas, homicídio, entre outros crimes, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

 

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