M……!

João Batista Barreto Lubanco

Menina, moça, mulher, mãe, eis as características de uma mesma pessoa, cujo retrato é a pura expressão de um aparente enigma.
Menina, seus reflexos ainda denotam traços de inocente simplicidade, aliados a normal despojamento em relação a fatos, pessoas e bens, como se vivesse num mundo somente seu, idealizado e sensível. Fora desse mundo, as consequências a tornam ensimesmada, a ele voltando quando contrariada.
Moça, reage com graça e plena desenvoltura aos acontecimentos do universo em que está inserida, cultuando um sentimento narcisista em face da beleza física e moral que adorna sua personalidade forte e ao mesmo tempo fraca, sujeita às nuances do cotidiano, mas resistente a mudanças que conflitem com seu “eu”.
Mulher, suas ações mostram uma pessoa madura, destemida, voluntariosa, que tem no seu mundo o traço marcante da personalidade que permeia todas as etapas da sua vida, transformando-a numa linda e amorosa mulher, incapaz de grandes arroubos de conduta explícita, mas capaz de armazenar sentimentos profundos, que envolvem seu olhar meigo e carinhoso, através do seu sorriso franco, belo e generoso.
Mãe, é a mais pura e nobre manifestação sentimental do seu universo de mulher dedicada a essa sublime missão. Nesse aspecto é capaz de todas as superações! À menina, à moça e à mulher, que tem medo, que se assustam e que procuram fugir da realidade vivida em cada uma de suas respectivas épocas, substitui a mãe, que é o contrário de tudo isso: não tem medo, não se assusta e nem foge da realidade em que vive.
Supera suas fraquezas, seus temores, suas dubiedades, e se transforma numa hercúlea e desassombrada mulher, digna do mais profundo respeito, amor e proteção.
Enfim, menina, moça, mulher e mãe, é a beleza plena da criação de Deus. Eis um retrato de quem, ao longo de sua vida, por força de um comportamento digno, próprio de uma mulher consciente do seu valor, jamais tergiversou em suas convicções, jamais cedeu em relação aos seus princípios, hauridos de emanações divinas, posto que, pelos exemplos à sua volta, outra poderia ter sido sua caminhada.
Em sua férrea disposição de ordenar uma conduta lapidar pode causar-lhe alguns embaraços e dificuldades, mas, mesmo assim, vem conquistando, com sacrifício e fé, apoiados no seu caráter, na sua inteligência, na sua dedicação, e em Deus, os espaços que se abrem à sua frente, mostrado um futuro próximo de sucesso profissional.
Sem abdicar da sua condição de mãe, em primeiro lugar, e de mulher, sua vitória é caso decidido, porque pensa em grande, olha estrelas, “tem destino da lua”, e enxerga o infinito com a coragem dos vencedores. Uma frágil mulher, uma forte e inquebrantável mulher!
MENINA MOÇA, MULHER, MÃE, uma perfeita síntese do amor.

João Batista Barreto Lubanco

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